quem é você?

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Atlanta, Geórgia.
Atlanta Medical Center, Emergência.

Justin Drew Bieber's POV

quando Courtney disse aquilo, meu coração acelerou e um sorriso bobo fugiu de meus lábios por livre e espontânea vontade. logo depois ela desmaiou, então o sorriso que continha ali sumiu, dando espaço a uma expressão de preocupação e medo de perdê-la. ela estava perdendo muito sangue. não demorou muito para Ryan estacionar no hospital.

entramos de pressa e logo surgiram médicos e enfermeiros para socorrer a Courtney. colocaram-na em uma maca e a levaram em direção a uma porta qualquer, não estava com cabeça para prestar atenção nisso. forcei minha entrada pela porta da tal "sala vermelha", mas me barraram.

- sai da minha frente, caralho! eu vou entrar aí sim! - gritei me alterando.

- senhor, por favor, contenha-se. não posso deixá-lo passar por aqui. agora só os médicos e a equipe têm acesso. aguarde por notícias na sala de espera. - um dos seguranças disse.

- eu te perguntei alguma coisa, por acaso? eu disse que vou entrar! saia a minha frente! - o empurrei e entrei.

tinha uma janela de vidro na porta e lá estava ela, deitada numa cama, com o corpo mole e pálido, cercada por vários médicos.

os seguranças vieram para me tirar dali, mas não deu em nada. eu não ia sair dali de jeito nenhum.

sete horas depois...

- Ryan, pode ir embora, cara. vai descansar. eu fico aqui e qualquer coisa te ligo. - eu disse para o Ryan. todos os garotos já tinham ido embora, mas ele continuava ali.

- não, cara, eu vou ficar. não vou muito com a cara da Courtney, mas você é meu melhor amigo. não vou te deixar sozinho nessa. - disse ele por fim. ainda não entendi o por quê do Ryan não gostar da Courtney, mas tudo bem.

☆☆☆

já se passaram horas e eu ainda não tinha nenhuma notícia da Courtney. eu estava andando de um lado para o outro com as mãos nos bolsos e a cabeça baixa, até que um médico chegou dizendo:

- acompanhante da senhorita, Courtney Lauren. - levantei a cabeça e olhei para ele.

- sou eu. - eu disse com a voz rouca e grave.

- bom, o estado dela ainda é um pouco delicado. ainda não conseguimos retirar a bala de seu peito. esta alojada. estamos tentando um jeito de retirar a bala e salvar a vida dela e a do bebê. - estremeci ao ouvi a palavra "bebê".

- que bebê? - perguntei querendo ter certeza do que tinha acabado de ouvir.

- você não sabia? Courtney está com cinco semanas de gestação. o feto ainda não está totalmente formado e ela corre risco de vida. minha equipe e eu estamos tentando achar um jeito de retirar a bala sem prejudicar a ambos. a paciente sofreu um ataque de síndrome do pânico e como defesa, seu cérebro apagou algumas informações. pode ser que ela tenha dificuldade para lembrar de certas situações. tente ser compreensível e entenda como um efeito colateral pelo drama que ela passou. por alguns centímetros a mais, a bala atingiria seu coração em cheio. por hora é só. - o médico deu meia volta e saiu dali, me deixando com cara de bunda. Courtney está grávida? como assim? por que não me disse nada?

- você ouviu, Ryan? - perguntei lerdamente. Ryan essentiu com a cabeça. - eu vou ser pai! - disse e sorri.

Courtney Lauren's POV

dois dias depois...

acordei com uma luz muito forte em meu rosto. não sei, parece que eu morri e voltei a vida de novo. é meio estranho, nem mesmo eu entendo.

abri os olhos gradativamente tentando me acostumar com a claridade daquele lugar. estava sentindo umas pontadas em meu peito, mas era uma dor suportável. não sei o que aconteceu, não sei como vim parar aqui. um homem de branco entrou no local, percebi que estava em um hospital. mas como vim parar aqui? não me lembro de nada.

- vejo que acordou, Courtney. - o homem disse sorridente. - está se sentindo bem?

- sim. meu nome é Courtney? - perguntei.

- não se lembra de quem é? do que aconteceu? não se lembra de nada? - neguei com a cabeça. - imaginei que isso aconteceria, mas não nesse grau. você chegou ao hospital com ataque de pânico e convulsões, além do tiro que levou no peito. nessas horas o cérebro se protege apagando certas situações de sua mente. não é permanente, pode ficar tranquila.

o homem saiu, minutos depois um homem loiro, um pouco alto e lindo entrou. seus olhos eram castanhos cor de mel e ele sorria de orelha a orelha.

- ainda bem que acordou. como está se sentindo? - perguntou.

- estou bem. - respondi retribuindo seu sorriso - qual o seu nome? - perguntei e vi sua expressão mudar de sorridente para triste. - que foi? eu disse alguma coisa errada? - perguntei sem entender. ele balançou a cabeça negativamente e saiu do quarto, me deixando sozinha. - mas o que foi que eu fiz?

continua...

A CriminosaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora