Capitulo II

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... Continuação FLASHBACK 685 d.c ON

Olhei em volta e vi todos aqueles corpos, não podia deixar nem meu pai nem os outros ali sem um enterro digno. Sai da taverna e havia acabado de escurecer, tinha muitas horas até o amanhecer que era a hora que cobraria a divida de sangue que tenho com esses estrangeiros. Andando por Skyer encontrei mais corpos e fiquei horrorizada com a crueldade desses seres, resolvi enterrar todos, não era toda minha aldeia, acredito que o restante fugiu a tempo, talvez quando o massacre começou.

Arrumei uma pá e atrás da igreja comecei a cavar covas, achei que demoraria mais, que ficaria cansada e que não conseguiria tal esforço, mas eu já não era mais humana, tinham me transformado em um monstro sedento por sangue. Se havia algum Deus como minha mãe acreditava, ele havia se esquecido de Skyer hoje.

Recolhi os corpos e levei até as covas, lágrimas teimavam em cair banhando meu semblante em tristeza. Meu doce Pai morreu, perdi meu porto seguro, meu mundo por capricho de seres arrogantes que se acham deuses. Mas isso acaba ao amanhecer.

Quando o primeiro raio de sol surgiu e já estava com a espada do meu pai entrando no acampamento, eles estavam sentados em volta de uma fogueira tomando um liquido vermelho, que pelo cheiro eu sabia que era sangue.

Quando o primeiro raio de sol surgiu e já estava com a espada do meu pai entrando no acampamento, eles estavam sentados em volta de uma fogueira tomando um liquido vermelho, que pelo cheiro eu sabia que era sangue

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- Jovem Lena, você veio se juntar ao nosso clã como esperado.

Disse rindo o homem que me transformou e atacou meu pai, continuei calada olhando todos.

- Bom você deve ter muitas perguntas. Deixe me responder a mais importante. Humanos existem apenas para nos servir de comida e nada mais que isso, suas vidas são insignificantes para nós.

Ergui minha sobrancelha, com um ar de riso pela hipocrisia daquelas palavras, em algum momento todos ali foram humanos, mas agiam como deuses e tudo o que não fosse eles ou como eles era insignificante. Entrei no jogo dele e perguntei:

- E quem seria esse nós que você fala?

- Os vampiros e seres imortais que habitam essas terras, somos deuses em meio à escória humana.

- Imortais? Pelo que ouvi meu avô matou um de vocês. Então como pode se chamar de imortal?

- Bem observado jovem Lena, vivemos a eternidade, não envelhecemos, temos força e agilidade sobre-humana, e há poucas coisas que podem nos destruir. Mas não vamos falar de assuntos mórbidos.

Todos riram pela ironia e a mulher loira levantou e me trouxe uma taça do liquido que estavam bebendo.

- Vamos querida, beba com sua nova família.

Peguei a taça e bebi todo o seu conteúdo de uma vez, imediatamente me senti mais forte, antes de matá-los questionei.

- E qual seria essa Família?

Dark ParadiseWhere stories live. Discover now