Conhecendo o verdadeiro Bucky.

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-Com você?

Ele assentiu. Concordei e fomos para o cercado. Tirei minhas botas e o casaco. Bucky jogou para mim uma minhoca de cabelo e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo. 

-Você quer que eu pegue leve ou... 

Bucky não terminou a frase. Dei uma rasteira, que o fez cair de lado no chão. Sorri. 

-O que você disse, Soldado? 

Ele me puxou pelo tornozelo e virou para o outro lado, fazendo eu cair no chão. Rolei e o prendi entre as minhas pernas, mas Bucky reagiu, me virando e se jogando em cima de mim. No último segundo, joguei o corpo para o lado, deixando ele cair no chão, para dar uma cotovelada na nuca dele e escapar, ficando em pé novamente. 

Quando olhei, ele já tinha levantado também. Sorriu. 

-Vou até deixar você tomar a iniciativa... 

Fiz menção de ir para a direita, mas desviei para a esquerda. O braço dele agarrou o meu e torceu. Me revirei e passei entre as pernas dele, o derrubando no chão. Bucky me levou junto, me segurando de costas, ainda sem desgrudar do meu braço. 

Virei de uma vez e chutei o queixo dele, forte o sucifiente para ficar tonto. Bucky soltou. Pulei nos ombros dele e prendi o pescoço com as minhas pernas, dando um impulso para trás. 

Bucky tomou impulso nas pernas e virou cambalhota, me fazendo cair estatelada no chão. Pulou por cima, sentando nas minhas pernas e depois, ficando de quatro sobre mim, segurando minhas mãos no alto da minha cabeça. 

Ele estava avermelhado e com a respiração ofegante. Os cabelos grudados na cara e no pescoço e os lábios entre abertos me fizeram imaginar outro momento entre nós e me senti quente. Muito quente. 

Segui uma gota de suor que desceu pela testa dele,até se perder no meio da barba não tão rala, por baixo da boca delineada dele. 

Bucky sorriu. 

-Ganhei, Abelhinha.  

Não tive reação. Eu queria que ele chegasse mais perto. Queria sentir a boca dele... 

Ai, meu Deus! O que que eu tô pensando?! 

Empurrei Bucky para o lado, e virei cambalhota para trás, me afastando dele. Bucky começou a rir. 

-Só porque eu estou enferrujada! - Reclamei, de braços cruzados, sentada sobre as pernas. 

Bucky engatinhou até mim, me prendendo no cercado. Quase não respirei. 

-Tem certeza? Posso citar uma centena de motivos pelo qual eu ganhei e não tem nada a ver com a prática, Naomi. 

Respirei fundo. 

-Vai se ferrar, Barnes! 

Ele começou a rir e se jogou, deitando no chão. Deitei do lado dele e olhei para o teto. Bucky ainda ria. E foi inevitável não começar a rir junto. 

Ficamos rindo igual dois idiotas durante vários minutos. Então, fomos parando. Quando eu ainda recuperava o fôlego, notei que ele tinha se apoiado no cotovelo e me observava. 

-Que foi, Soldado? - Indaguei. 

-Nunca tinha visto você rindo, assim. - Fiquei vermelha. Ele sorriu. - Na verdade, você tem um sorriso lindo. Devia usar mais vezes. Palavra de escoteiro! 

Franzi a testa sem entender. Mas deixei para lá. 

Bucky voltou a deitar. 

-Eu falei que eu era legal, não disse? 

A Herdeira. - Bucky Barnes. Onde histórias criam vida. Descubra agora