Abri meus olhos com dificuldade, a luz que meramente adentrava no quarto atrapalhava minha visão. Senti um leve sopro quente em minhas costas, me fazendo lembrar da noite anterior e de que tudo foi real. Um sorriso em meus lábios brotara, observei que seu braço estava envolvido em meu corpo e, então, eu o segurei, Nathan me abraçou um pouco mais forte.
— Nate?
— Hm — Ele beijou meu pescoço.
— Me prometa que pelo menos você não irá esquecer deste dia — Ele acariciou meu cabelo, fazendo com que eu fechasse meus olhos.
— Hel, se tem uma coisa na minha vida na qual eu nunca esqueci, foi você — Eu queria dizer a ele o quanto eu o amava, mas sabíamos onde iríamos parar. Eu não queria simplesmente perdê-lo novamente.
— Preciso ver se Jaime acordou — Tomei coragem para olhar para Nathan. Virei-me e deitei em seu peito, seu coração estava acelerado, sua respiração estufava seu peito, isso me fazia sentir protegida, feliz.
— Hel. Você foi a melhor coisa que aconteceu em minha vida e independente do que acontecer de hoje em diante, por mais que não podemos ficar juntos, quero que se lembre disto. Me prometa — Ele beijou minha testa.
— Prometo, Nate — Fechei os olhos e respirei fundo contendo as lágrimas de meus olhos.
Nosso momento foi interrompido ao som da campainha. Levantei junto a ele, pegando um roupão que eu sempre deixara naquele quarto. Deixei Nathan ali e fui atender.
— Mãe? — Meu coração disparou, era o pior momento para a pior visita que eu poderia ter naquele dia.
— Querida! Graças a Deus você está em casa, tive medo de você estar com Mark e não estivesse ninguém — Se eu, ao menos soubesse disto, não atenderia.
— O que faz aqui? — Eu a olhei confusa.
— Você não atende minhas ligações, não sabia mais o que fazer, confesso que tentei falar com Mark, mas ele não atende também — Eu sabia que Mark estava com celular, eu havia devolvido a ele — Então, fiquei preocupada, vim te ver e verei Mark, mas primeiro quero ver meu netinho — Ela esticou sua cabeça para dentro e eu travei meu corpo contra a porta — Helena — Ela sabia que algo estava errado.
— É que, talvez não seja uma boa hora.
— Mas, o que está acontecendo? — Joane cerrou seus olhos ao notar meu nervosismo.
— Mãe, eu...
— Helena, o que... Onde está Jaime?
— Dormindo, ainda. São...
— Dez horas.
— Isso, ainda está cedo.
— Ele está faltando na escola?
— Só esta semana para visitar Mark.
— Você apenas me disse que Mark havia acordado e depois nunca mais mandou notícias. O que você espera que uma mãe faça nesta hora? — Fechei os olhos, suspirando para tentar não me estressar — Hele... — Sua voz parou e eu logo virei para trás. Nathan havia passado por mim — O que você está fazendo? — Ela cerrou os olhos fortemente — Quem é?
— Um colega de trabalho, apenas.
— E você o atendeu de roupão? Helena, no que você está pensando? — Olhei para Nathan, que se aproximou de nós, enquanto minha mãe adentrava em casa — Seu marido poderia ter morrido, ficou quase em coma e você estando com outro, como...como uma prostituta!! — A sua voz se alterou, eu a olhei brutalmente, como ela ousa dizer tais palavras.
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Não posso simplesmente perder você
العاطفيةHelena Jones sempre teve dificuldade em tomar atitudes em relação ao seu futuro, apesar de sua determinação, os acontecimentos de sua vida a fizeram sempre dar passos para trás. Quando ela achou que sua vida não estava sob seu controle e que apenas...