Você morreria por mim?

"O ser humano é uma máquina causadora de problemas"

Midoriya on.

Falta algumas semanas para abril, o mês que fez minha vida se tornar um inferno, depois daquele dia nunca fui o mesmo.

- Ei Midoriya! -fala Uraraka.

- Você está escutando? -pergunta Uraraka.

- Me desculpe, estava viajando -responde Midoriya.

- Você sempre viaja, penso para onde.

Você não gostaria de saber é sempre meu passado, ou o lugar mais profundo da minha alma, onde fica meus arrependimentos.

- Está chegando abril -diz Midoriya se desviando do assunto.

- Eu gosto de abril -fala Uraraka.

- Por que? -pergunta Midoriya.

- Abril não é quente nem frio, e tem um significado lindo.

- Sei... Tem a ver com algum Deus ou algo do tipo? -pergunta Midoriya.

- Sim, dizem que abril tem a ver com Afrodite deusa do amor. Espero que esse abril seja melhor -responde Uraraka.

- Eu também -diz Midoriya.

Me desculpe Uraraka mas não vou durar o abril todo, e não vou poder ficar e ver o próximo abril chegar.

* Algumas horas antes *

Midoriya off/ Narrador on. 

Uraraka manda mensagem para Midoriya.

* Vamos andar de Skate?

* Mas já é tarde, não sei se posso sair e eu nem sei andar de skate.

* Eu te ensino.

* Mas onde é o local?

* É perto da daí, eu te busco. Vamos por favor!?

* Tá bom, não garanto se minha mãe vai deixar.

* Beleza, já estou chegando.

* Ok.

Alguns minutos depois, Uraraka chega na casa de Midoriya e bate na porta.

- Olá, posso ajudar? -pergunta Inko.

- Oi, sou amiga do Midoriya -responde Uraraka.

- Sério? Então, entre.

- Eu queria saber se ele pode andar de skate comigo.

- É um pouco tarde, eu fico preocupada.

- Não precisa se preocupar, na verdade, eu quero ajudar o Midoriya.

- Espera, quer dizer que ele te contou sobre a depressão?

- Sim, eu quero ajudar ele a ficar melhor.

- Bem... Eu fico feliz, só estou surpresa que ele te contou sobre a doença, ele nunca contou a nem um de seus amigos, acho que você é a primeira.

Narrador off/ Uraraka on. 

Eu... Sou. .. A primeira... Eu achei que ele já tinha contado para alguém, eu estou feliz em saber disso, talvez ele confie em mim.

- Então... Você pode deixar ele ir?

- Sim, mas tenham cuidado.

- Claro! Vou chamar ele.

- Pode ir, ele está no quarto.

Meu Deus é a primeira vez que entro no quarto de um garoto, estou nervosa.

- M-Midoriya-kun?

- Oi, Uraraka.

- Sua mãe deixou, vamos?

- Sim...

Ficamos alguns minutos andando até chegar na pista de skate.

- Você sempre vem aqui?

- Sim, amo esse lugar.

- Você costuma vim a noite?

- Ultimamente, sim.

- Você deveria parar.

- Por que?

- É perigoso.

Espera, o Midoriya está preocupado comigo? Bem, amigos se preocupam uns com os outros, mas porque parece tão importante para mim.

- V-Vou tentar -fala Uraraka envergonhada.

- Tá, assim me preocupo menos.

Lá vem ele com aquele sorriso de novo, fico pensando se ele está feliz. Mais sabe, até que eu gostaria de parar de vim aqui, mas é o único lugar que consigo fugir dos meus problemas, afinal, todo mundo tem problemas, o ser humano é uma máquina que fabrica seus próprios problemas. 

Enquanto o Midoriya ama ficar em casa, eu odeio ficar em casa, é lá onde eu passo os meus piores pesadelos.

- Eu vou andar de skate, eu trouxe dois, se quiser andar fique a vontade.

- Já disse que não sei andar.

- É verdade, eu esqueci, bem... venha vou te ensinar.

- Tem certeza?

- Confie em mim.

Midoriya sobre em cima do meu skete tremendo.

- Não precisa tremer desse jeito, pode se segurar em mim.

Eu pego suas mãos e as coloco nos meus ombros. Droga! Ele está muito perto do meu rosto.

- P-Primeiro você tem que ficar com a coluna mais reta.

- Aí eu vou te empurrando. Está pronto?

- Não.

- Então vamos assim mesmo.