Amor por interesse

Cap 15

Fernando foi visitar Bento para contar sobre o ocorrido, mas ele nem imaginava a surpresa que teria.

Bento: Fernando, eu estive procurando investigar a vida da Mairian e descobri que ela na verdade se chama Dalila e tem antecedentes criminais por ter matado o marido por ciúmes, desde então ela vive dando golpes.

Fernando: Aquela maldita é mais perigosa do que eu pensava.

Bento: O que vai fazer com essa informação?

Fernando: Não posso fazer nada agora, ela está obcecada por mim e pela fortuna da Lu, se eu denunciar ela, algum capanga dela pode fazer o serviço sujo de tentar matar a Lu e isso eu não posso permitir.

Bento: No que você foi se meter, Fernando.

Fernando: Tudo culpa do meu interesse e fraqueza por uma golpista. (Bate na mesa). Que raiva de mim.

Bento: Só não engravide a Lucero, por favor.

Fernando: Depois do casamento eu disse a Lucero que tiraria a virgindade dela, mas não quero estragar a pureza dela, ainda mais com um monstro como eu que está contaminado pela dor e lágrimas de muitas mulheres todas ruins, mas mesmo assim e ainda carrego a culpa pela morte de uma moça inocente como a Lu, Fiquei um ano com ela e depois que roubei o dinheiro a abandonei na miséria, poucos meses depois ela morreu de desgosto.

Bento: Eu não sabia disso.

Fernando: Ninguém sabia, ainda tenho parte do dinheiro que roubei.

Bento: Coitada dessa moça.

Fernando: Ela tinha apenas dezenove anos. (Cabisbaixo). Agora vou fazer algo que eu já devia ter feito faz muito tempo.

Bento: Onde você vai?

Fernando: Enfrentar uma das coisas do meu passado. (Se retira).

Como disse ao amigo Fernando foi enfrentar algo do seu passado, ele desceu e ficou um tempo pensando em seus erros e então resolveu avançar carregando flores em mãos.

Fernando: Manu, já fazem quatro anos. (Coloca as flores em um dos vasos da lapide). Nesses anos eu nunca vim aqui, você não merecia o que eu te fiz, você era pura, doce e bondosa. (Olhos marejados). Queria te pedir perdão, somente depois de quatro anos uma mulher parecida com você apareceu em minha vida e me amoleceu. (Passa a mão na lapide). Eu não quero machucar ela como te machuquei, mas as circunstâncias me obrigam.

Xx: O que você faz aqui?

Fernando: Dona, Felipa. (Seca as lágrimas).

Felipa: O que faz aqui? Por quatro anos você nunca se dignou a vir visitar o túmulo da minha filha e agora está aqui, seu descarado.

Fernando: Eu peço aqui e agora diante do túmulo da Manuele que a senhora me perdoe pelo que eu fiz a ela, a Manu foi a moça mais pura que conheci até pouco tempo, recentemente o destino me pregou uma peça e eu encontrei uma mulher semelhante a sua filha em caráter e personalidade e essa mesma mulher me amoleceu. Perdão dona, Felipa. (De joelhos).

Felipa: Você se arrependeu mesmo?

Fernando: Sim, eu garanto.

Felipa: Você pensa em formar uma família com essa mulher?

Fernando: Eu não sei se amo ela, mas se for amor, vou ter que fazê-la sofrer para proteger ela de um terrível mal.

Felipa: Não te reconheço, você parece outro homem.

Fernando: E sou outro.

Felipa: Pode me dar o seu número caso eu precise de você, não tenho ninguém e não ando bem de saúde.

Fernando: Claro, conte comigo, ajudando a senhora estarei me redimindo do mal que causei a sua filha. (Pega sua agenda anota o número e entrega para ela).

Fernando: Agora vou visitar mais uma das pessoas do meu passado a quem fiz mal.

Felipa: Vai em paz, minha filha deve ter te perdoado de onde quer que esteja.

Fernando sorriu com as palavras de Felipa e foi embora, ele então foi visitar Dandara que foi outra mulher que não merecia o que ele quase fez com ela.

Dandara: Fernando Colunga, não acreditei quando me disseram que você estava aqui, quanta cara de pau a sua.

Fernando: Vim pedir perdão, eu fui um idiota com você e quase te deixei na miséria como muitas outras. (Entrega uma rosa branca para ela).

Dandara: Isso é sério?

Fernando: Sim e prova disso é que eu pedi perdão diante do túmulo de uma jovem que fiz mal.

Dandara: Eu te perdoo, mas não quer dizer que eu confie em você.

Fernando: Obrigado, seu perdão deu paz para minha alma.

Ju