Liberdade (+18)

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— Eu to pouco em casa ultimamente, mas qualquer dia você tem que aparecer lá. Eu tenho mais filhos agora...

— Meu Deus, vou chutar... Adotou mais cinco gatos?

— Hahahaha, eu achei que você ia chutar meus filhos, alô Luísa Mell.

— Lerda... — riu.

— São três doguinhos, uns bebês. O Miguel que tá cuidando deles desde o carnaval, eu só passo lá pra matar saudade.

— Que mãe desnaturada...

— Ai prin... A vida deu um looping trezentos e um milhão de graus, nem te conto...

— Depois você me conta sim... — sorriu conformada pois já sabia do que se tratava.

— Te amo viu? Feliz que tamo nessa juntas de novo!

— Também te amo. — se abraçaram.

        Bianca odiava um pouco o efeito que causava nas pessoas que se envolvia. Nesse caso em específico, ela odiava o rumo que as coisas tomaram e o mal estar que causou em B2 por não corresponder aos sentimentos dela. Mas ela era diferente das outras e o tempo já tinha passado. Vê-la ali a fez ter esperança de que pudessem voltar a ser amigas, dessa vez sem benefícios — até porque ela havia aprendido que os benefícios sempre custavam um preço.

       Passava das nove da noite quando Bianca chegou em casa — no caso, na casa de Rafaella. Por ouvir o barulho das chaves, Rafaella foi até a porta e ao olhar pelo olho mágico, se deparou com Bianca perdida com alguns chaveiros em mãos, quase que tentando a sorte para encontrar a chave certa. A loira  então, suavemente abriu a porta:

— Tá tudo bem aí? — Rafaella perguntou cinicamente.

— Não toquei a campainha pra você não fazer chacota de mim. — se lançou nos braços da namorada.

— Amor, eu não aguento que você ainda não decorou qual é a chave. — agarrou a morena, beijando seu ombro repetidas vezes.

— Falou a pessoa que toda vez erra o jeito de passar o cartão do quarto de hotel. — fez a namorada rir, levantando a cabeça para beija-la.

        Quando o beijo ia sendo aprofundado, Bianca segurou o rosto da loira com as duas mãos e deu-lhe um selinho.

— Que foi? — Rafaella estranhou.

— Vou tomar banho, tá? To com a mesma roupa desde meio dia e a meta é manter o relacionamento. — seguiu pro banheiro.

— Hahaha, você é boba demais. E tá suficientemente cheirosa.

Boca Rosa Hair amor. Enquanto eu tomo banho, relata a experiência aí pra suas seguidoras, o dia todinho pra lá e pra cá no ar poluído de SP e o cabelo ó, cheirosinho.

— To ganhando quanto pra isso?

— No máximo um beijinho, se quiser mais tem que divulgar a linha toda.

         Rafaella amava o bom humor quase constante da namorada. Ao terminar o banho, Bianca viu que tinham três caixas na cama e foi colocá-las no corredor. A última ainda estava aberta e só tinham peças das lingeries de Rafaella, por curiosidade, ela manuseou algumas.

— Caraca amor... só lingerie da hora e eu nunca reparei. — disse do corredor, fazendo a loira se aproximar.

— O fato de que você sempre esteve mais preocupada com o que tem embaixo me anima sabia? Ódio de gente que diz que perde o interesse por conta de cor roupa íntima.

— "Gente"  não né hahaha, homem, que parece que tem que se esforçar pra gostar de mulher. — levantou as sobrancelhas.

— Sim... — esqueceu o que ia falar quando Bianca saiu de trás das caixas, apenas de calcinha e um blusão. — É hoje que eu divulgo Boca Rosa Hair, Boca Rosa Beauty, Boca Rosa Tudo. — salivou.

HOPE [Rabia]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora