0 passos, apenas saudade

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Tudo ficou tão quieto depois que Barty se foi.

A Sra. Crouch vinha tomar chá na maioria dos dias. Depois de cerca de um mês, juntou-se a Regulus e sua mãe para jantar, tendo sido abandonada pelo marido por apoiar o filho. As duas mulheres deixaram Regulus para si, como era seu hábito, mas ele logo descobriu que não tinha nada para fazer; não havia ninguém para puxar das árvores ou colocar na cama...

Não que isso foi tudo o que ele fez com Barty. Eles brincaram, conversaram e comeram juntos, e fizeram muitas outras coisas que Regulus não conseguia pensar, mas não podia deixar de sentir falta.

"E o que você quer fazer, afinal, querido?" sua mãe perguntou a ele no jantar uma vez. As mulheres estavam discutindo sua carreira — que ele realmente não tinha.

"Eu não sei." ele deu de ombros. "Eu vou descobrir, talvez um pouco mais tarde, eu só—"

"Sim querido?" A senhora Crouch parecia preocupada, como sempre. Sem Barty para mimar, ela redirecionou o instinto protetor para Regulus.

"Nada." ele culpou seus instintos; anos de prática os tornaram sensíveis até o mais leve dos distúrbios. "Eu pensei ter visto algo na janela."

Era apenas um pássaro, mas por um segundo, ele pensou que fosse seu amigo. Barty sempre gostara de escalar as paredes da mansão para subir no telhado. No segundo que ele viu, tinha sido tão fácil confundir um pássaro com um homem caindo.

Ele estava fazendo falta.

𝗱𝘄𝗲𝗹𝗹𝗶𝗻𝗴 𝗼𝗻 𝗱𝗿𝗲𝗮𝗺𝘀 {bartylus}Onde histórias criam vida. Descubra agora