O Goblin

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O cavaleiro caminhava ao lado de Lira, fazendo o capacete abrir e fechar a viseira, produzindo um barulho metálico que fez Iris cair na risada

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O cavaleiro caminhava ao lado de Lira, fazendo o capacete abrir e fechar a viseira, produzindo um barulho metálico que fez Iris cair na risada.

— Vou te chamar de Chad — disse animada e o cavaleiro parou, balançando o dedo negativamente para menina, visivelmente incomodado.

Dione tinha os olhos fechados e a cistre no colo, jogando os três togas e sete tegs que ganhara na taverna para cima, preenchendo a noite com um pequenos tilindares.

— Caladão… — a menina soltou com um misto de admiração e curiosidade, ao qual Chad respondeu apenas unindo o indicador ao  polegar, deixando três dedos erguidos.

O animal foi parado ao comando de Dione, que anunciou que fariam um acampamento. Após os  grossos tecidos de algodão estarem posicionados, Isis, Dione e Chad se acomodaram, dividindo uma porção de carne de caça com molho adocicado de frutas que Lira trazia, aquecidos pelo calor do fogo.

O céu estava estrelado como Isis jamais havia visto e Dione entoava sobre o dia em que ganhara sua cistre e causara uma grande explosão, embalando mais uma vez a criança em sua magia. O cavaleiro se levantou e seguiu em direção às árvores, mas ninguém pareceu se importar.

A canção foi interrompida pelo grito da menina, que fora presa em seu próprio tecido e estava sendo levada para longe por algo que Dione não conseguia distinguir. Tentou alcançá-la, mas o ser era habilidoso em demasia na arte de desviar. Por sorte, Chad conseguiu cercá-lo, aparecendo de surpresa, fazendo-o largar a garota que, assustada, correu para Dione.

Com a espada no pescoço do vilão, Chad o arrastou para fogueira, descobrindo que se tratava do mesmo goblin da taverna, apesar de não conhecerem esse fato.

— Calma, meu caro — o goblin tentou adocicar a voz rouca. — Eu só preciso da garota.

— Conte tudo o que sabe e implore por sua vida. — Dione bradou, enquanto Chad apertava mais a espada no pescoço do prisioneiro.

— Eu me chamo Kael — engasgou; a única coisa que lhe amedrontava era a Coroa. — Preciso levar a menina pra Floresta Encantada. — engoliu em seco. — Vocês não entendem. E-ela é a princesa perdida.

Chad empurrou os joelhos de Kael no chão, prestes a matá-lo.

— ESPERA! — Isis interviu. — Termina. — ordenou ao goblin.

— Doce princesa, me perdoe. Me perdoe. — Implorou, atrapalhado pelo choro. — Fui eu. Eu só quero o que é meu por direito, eu juro!

— Você condenou Gorf!

— Gorf me condenou! — agora havia fúria na voz. — Condenou gerações e mais gerações dos como eu! Escravizados, torturados, humilhados, dizimados! O dia que a explosão me libertou daquele que me explorava, só podia ser um milagre! A primeira coisa que eu fiz foi tentar encontrar a porcaria da fonte mágica, mas a única coisa que encontrei foi a filha de Elora. Eu precisava tentar! Precisava negociar minha liberdade!

— E agora você vai tentar entregá-la, retomando seu plano?

— Eu preciso tentar.

— Sinto muito, mas já estamos fazendo isso — Dione cerrou as sobrancelhas — e não confio em você.

A espada estava prestes a perfurar Kael, quando Isis afastou gentilmente a lâmina.

— Ele vai nos guiar.

513 palavras

O Reino Perdido de GorfOnde histórias criam vida. Descubra agora