— Escolha o que quiser, não se preocupe com preço. — ele suspira. — Infelizmente será um casamento íntimo, baby, mas eu prometo que quando essa bagunça estiver sob controle eu vou te dar o maior casamento do mundo.

— Eu não me preocupo com isso, Christian. Ter você já é mais que suficiente. — murmuro com um sorriso, acariciando meu estômago.

A linha fica muda, me fazendo afastar o celular da orelha e conferir se a chamada ainda está conectada.

— Christian? Tudo bem?

— Sim, dea. Eu só estou com saudades de casa. — ele geme alto.

— Eu imagino mas olha, são só mais três dias e você já estará de volta.

— Eu sei é só que... — ele suspira pesadamente e meu coração aperta no peito. — Você não estar aqui comigo é horrível. Casa é onde você está, Anastasia, o lugar é o de menos. — minha visão borra com lágrimas. — Eu tenho que ir, baby. Talvez não vou conseguir entrar em contato com você até sexta-feira mas não se preocupe. Use o aplicativo que te falei ou pergunte para o Elliot, só não se estresse atoa. Eu te amo.

— Eu também te amo. Tenha cuidado por favor. — ele confirma, me mandando um beijo antes de encerrar a ligação.

Volto para a nossa mesa apertando o celular no peito. Mia olha para mim e sorri amplamente.

— Você realmente ama ele, Ana. Até os cegos vêem. — ela balança a cabeça. — Você escuta a voz dele já se derrete toda. Não duvido nada que você daria um boquete nele se possível.

— Cala a boca e vamos nos trocar. Depois da consulta vamos encarnar peruas esnobes e gastar uma pequena fortuna pelas boutiques da cidade.

Mia joga o guardanapo na mesa e corre para dentro da mansão gritando como uma louca. Elliot me encontra na sala e vamos juntos para o meu quarto.

— O que vai querer hoje, Ana? — dou de ombros, pegando minha bolsinha de maquiagem da penteadeira.

— O de sempre, você sabe. Já ela eu não tenho certeza. — aponto para Mia e ela revira os olhos, pegando um short extremamente curto da prateleira.

Elliot me ajuda com o zíper do meu vestido tubinho preto e subo em scarpins Louboutin da mesma cor. Mia sai do closet com o short a um palmo baixo da bunda e body rendado vermelho, além de botas na altura dos joelhos e óculos escuros dourados.

Olho para a minha roupa e depois para a dela, fazendo uma careta.

Definitivamente não temos gostos parecidos.

O Doutor Lombardi nos espera na porta do seu consultório. Ele sorri educadamente e estende a mão, nos cumprimentando formalmente.

— Precisa de mais tempo para o seu companheiro chegar? — ele murmura, olhando para Mia e depois para Elliot sentado despreocupadamente no sofá da área de espera.

— Não, hoje seremos só minha amiga e eu. Meu noivo viajou a trabalho mas na próxima consulta nós já viremos juntos. — ele assente e indica o caminho.

— Se troque, por favor. O banheiro é à sua esquerda.

Substituo meu vestido pela bata hospitalar e volto para o consultório. Mia me ajuda a subir na maca e segura minha mão com força, lágrimas brilhando nos seus olhos.

O médico espalha o gel gelado pela minha barriga e começa o exame, digitando no computador e tirando algumas medidas. Olho para o visor, mas só consigo ver borrões.

Quando terminamos me visto rapidamente e volto para o consultório. Meu corpo treme enquanto minha cabeça já começa a criar mil e um problemas absurdos.

Ninety Days Where stories live. Discover now