panic and letters;

Magsimula sa umpisa
                                    

Todos correram para janela espremendo seus narizes contra o vidro gélido para olhar o garoto que seguia o longo caminho.

─ Não devia tê-las entregado à ele. - Kate falou para garota.

─ Kate? - Interroguei, esperando que ela me explicasse porquê estava agindo daquela forma.

Kate me encarou por um momento, com uma feição estranha, provavelmente se perguntando se era uma boa idéia dizer algo ou não. No fim, ela simplesmente correu escada a cima.

─ Olhem! - Um garoto gritou apontando pra fora da janela depois de um tempo ─ Ele está voltando.

─ Alguém viu ele colocando as cartas lá? - Outra garota perguntou.

─ Não. - Jack, que estava com os olhos grudados na janela respondeu. ─ Mas isso é porquê a caixa de correio está pra fora do portão, em frente ao muro, se você tivesse visão de raio x talvez pudesse ver.

Todos sairam da janela.

─ E agora? O que fazemos?

─ Esperamos. - Respondi.

Depois disso, quando já era umas sete horas, todos ainda estavam amontoados em volta da lareira, que Emma fez o favor de acender.

─ Vocês acham mesmo que alguém fez aquilo com a Mary? - Um garoto perguntou, depois de um longo tempo em silêncio.

─ É claro. - Jack falou. ─ Vocês não viram a cabeça dela? Aquilo não se faz em um degrau.

─ Na verdade eu não olhei diretamente pra cabeça dela. - O garoto respondeu. ─ Mas se foi alguém, com certeza foi o Wolfhard.

─ Que? - Indaguei. ─ Por que sempre que acontece algo desse tipo vocês acham que foi ele?

O garoto deu de ombros.
─ Ele não está aqui agora. Isso significa que ele não tem medo do que aconteceu como todos nós. O que só leva a crer que ele não tem medo porque foi ele mesmo que fez isso.

─ Que otima dedução, Sherlock. - Jack falou. ─ Talvez ele só não queira estar no meio das pessoas que vivem culpando ele por tudo.

─ Está defendendo o namorado, Grazer? - Jaeden falou de repente, me fazendo lembrar de que ele estava ali. ─ Me diz... Jaeden continuou, se aproximando de Jack. ─ Ele pagou você pra dizer isso?

─ Cala boca. - Jack respondeu.

─ Todos sabemos que ele é perigoso.

─ Se eu fosse você não falaria tanto, talvez você esteja na mesma linha que ele. - Falei e Jaeden me encarou, depois sorriu.

─ Bom, se eu realmente estiver é melhor não me irritar, certo ? - Ele piscou, depois cruzou os braços e se encostou na parede.

A luz dos faróis de algum carro atravessou a janela logo depois, fazendo todos correrem para porta achando ser algum de seus pais. Um pensamento completamente absurdo, já que o carteiro tinha levado as cartas fazia apenas uma hora. Ou pelo menos era o que nós acreditávamos.

Era a diretora, com a mesma feição séria de sempre. Carregava em baixo de um dos braços um daquele potes de cinzas (Mary).

Contaram para ela sobre as cartas, e ela gritou por uns 20 minuitos, dizendo que aquela tinha sido uma atitude idiota, que não tinha nada para se preocupar, já que tudo não tinha passado de um acidente. Ela deu ênfase nessa palavra, depois mandou que todos fossem para seus quartos e acendessem velas se quisessem, já que o internato estaria sem luz até que os eletricistas chegassem depois de um ou dois dias.

Subi até meu quarto mas Kate e Jess não estavam lá, no lugar disso, Finn estava sentado na minha cama, observado uma vela que tinha acendido.

Parei na porta e o encarei, mas ele continuou olhando pra vela.

─ Interessante não é? - Ele falou sem olhar para mim, o que fez eu me questionar como ele sabia que eu estava ali. ─ O fogo.

─ Finn... - Comecei a falar, mas ele continuou, como se não tivesse me ouvido.

─ Pode acabar com tudo em questão de minutos. - Agora ele colocava a mão sobre a pequena chama, quase encostando-a em sua palma. ─ Casas, florestas... famílias.

─ Finn, você vai se queimar. - Falei indo até ele e tirando a vela de seu alcance.

─ (s/n) ? - Ele disse com o olhar brilhante. ─ O que está fazendo aqui?

─ Bom, é o meu quarto. - Falei olhando em volta e dando um risinho.

Ele levantou, segurou minha cintura e me empurrou até a parede, depois me encarou por um tempo e então me beijou.

Foi um beijo estranho, diferente do da outra vez, parecia ter algum tipo de sentimento diferente agora.

Ele parou o beijo e segurou meus ombros.
─ Você precisa sair daqui.

E dizendo isso, saiu quarto a fora.

Internato | Finn WolfhardTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon