Nos separamos após andar algumas quadras, as ruas estavam um pouco movimentadas por ser o centro comercial e horário de almoço, mesmo assim conseguimos passar despercebidos pelas pessoas.

Eu fiquei sempre com cabeça baixa e sendo guiado por Jeon. Eu não sabia exatamente para onde deveríamos ir mas estava com esperança em um lugar específico.

Minha casa.

Depois de mais alguns minutos de caminhada, que nos levou para a parte mais tranquila da cidade, eu finalmente vi a casa azul e velha que me lembrava de muitos momentos bons e outros ruins.

A aparência ainda era a mesma, a grama mal cuidada e a caixa de correio quebrada ainda estavam ali. Eu estava com receio de alguém estar morando ali, mas assim que vi as tábuas pregadas na porta e janelas essa ideia foi descartada e senti uma pequena pontada de alívio.

  - Eu não acho que a sua irmã esteja aqui, anjo.- Jeon disse lentamente ao mesmo tempo que caminhamos para os fundos da casa onde não teria o risco de chamar atenção.

  - Eu sei, m-mas talvez ela tenha deixado uma carta, não sei.- Eu parei no meio do caminho e grunhi.

Jeon tinha razão, não tinha motivos para Minna ainda estar ali. Eu só queria ter certeza e continuar com a esperança de que ela estava bem longe das mãos do porco imundo do Kwan. O tatuado me esperou pacientemente e me esperou voltar a andar.

Chegando aos fundos da casa, Jeon arrancou as tábuas de uma das janelas que eu sabia ser da cozinha. A todo momento eu ficava olhando em volta com medo de alguém aparecer; quando a janela estava livre das tábuas Jeon tirou a camisa e a enrolou na mão para conseguir quebrar o vidro.

  - E agora?- ele me ajudou a entrar e veio logo depois. Fiquei parado no meio da cozinha e vi o quão empoeirada a casa estava.

  - Vamos pro quarto dela.

Andei pelo corredor da casa de um andar e encontrei o quarto da minha irmã. Parei na porta e arregalei os olhos.

Estava vazio, o quarto não tinha mais nada.

  - A sua família pode ter levado, Chim.- Jeon pegou carinhosamente na minha cintura e me abraçou por trás.- Não pense logo em coisas ruins, ela está bem.

Minha boca tremeu e um soluço involuntário escapou. Cobri a boca com as duas mãos e mesmo com as palavras de Jeon eu chorei.

  - E-eu 'tô com me-medo.- solucei mais forte e abracei Jeon à procura de conforto e proteção dos meus pensamentos negativos.

- Ela está bem, anjo.

                             ___________

Quando nos encontramos com o pessoal, num posto de gasolina abandonado no início da cidade, eles conversavam sentados no chão ou na carroceria. Nem todos estavam ali, senti falta dos gêmeos e Soobin e Minhyuk ainda não tinham voltado.,

  - E ai?- Yoongi foi o primeiro a nos ver e assim que falou os outros nos olharam.

  - Nada.- dei de ombros desanimado. Meus olhos ainda estavam ardendo por causa do choro e com certeza a minha cara denunciava.

  - Eu não acho que aquele juiz de merda esteja com a sua irmã. E mesmo que estivesse não acho que seria por muito tempo, ela gritaria ou tentaria fugir.- Namjoon comentou.

  - Se ela for como você o que mais deve ter tentado fazer é fugir e, se for esperta, conseguiu de primeira.- Jin disse enquanto mastigava um biscoito. Presente de Shownu.

  - Eu não sei se deveria me sentir ofendido.- comentei em meio a uma risada fraca.

Jin deu de ombros, indiferente a meu comentário, e continuou comento enquanto balançava as pernas na carroceria.

Aprisionado|• Jikook Drk RmcWhere stories live. Discover now