Aprisionado|• Jikook Drk Rmc

Capítulo 8

  - Não mate o Jooheon, ele não teve culpa.- implorei.

  - Se eu soltá-lo, eu vou fazer da sua punição muito pior.- ele passou o dedo da minha bochecha para a minha boca espalhando o sangue pelos meus lábios.- Eu realmente odeio quando as pessoas me desobedecem, e você me desobedeceu, Jimin.

  - E-eu sinto muito. 

  - Ah, você sente muito.- ele pousou o dedão no meu lábio inferior.- Sentir muito não vai me fazer mudar de ideia.

  - E-eu faço o que você quiser.- sussurrei.- Qualquer coisa, mas não o mate.

Jungkook franziu a testa e acenou para os seus capangas.

  - Soltem-o. E você, Jimin, leve-o de volta para o buraco de onde ele veio.

  - Jeon...- Soobi o advertiu.- Deixar as pessoas vivas não é como trabalhamos.

  - Eu sei, mas tenho outra ideia.- ele murmurou pensativo. Com uma força que nem sabia que tinha, ajudei Jooheon a se levantar. Os outros apenas observavam meu esforço; 

Estava na metade do caminho, Jooheon grunhia palavras sem sentido e eu tentava ajudá-lo a caminhar, meu tornozelo não estava doendo. A adrenalina o entorpeceu e realmente não quero estar acordado quando isso passar.

  - Ei!- Jeon me chamou.- Me encontre nas minas!

Não me virei para vê-lo, mas sabia que ele estava sorrindo. Ele nunca tirava aquele sorriso da cara.

Cheguei no quarto e Minhyuk ainda estava encolhido na cama, quando ele nos viu veio correndo pegar Jooheon nos braços.

  - Heonie! O que aconteceu?- com a minha ajuda deitamos Jooheon na cama, Minhyuk chorava muito mas tentava se controlar, ele precisava cuidar dos ferimento.

  - Min...- escutei Jooheon chamar com a voz fraca, seu rosto estava quase irreconhecível.

  - Minhyuk, e-eu não sabia que isso ia acontecer, eu juro.- disse.

  - Isso não importa.- vi que em suas mão tinha o pote com a pasta amarelada.- Me ajuda a passar isso nos machucados.

Peguei um pouco da gosma e passei no rosto dele, Minhyuk teve que rasgar a camisa de Jooheon para que passássemos no tórax. Quando o remédio tocava em sua pele Lee gemia de dor e era acompanhado por soluços do menor. Era como se eles sentissem a dor do outro.

  - É minha culpa, tudo é minha culpa.- murmurei abalado.

  - Talvez Jooheon tenha razão.- escutei Minhyuk falar com a voz rouca e baixa.- Desde que você chegou nós só temos problemas.

  - Eu acho melhor ficar longe, por um tempo, não é?- terminei de passar a pasta nos machucados de Jooheon e me levantei.- Você sabe onde a mina fica?

  - No primeiro andar você vai encontrar uma rampa. Mas por que...?-

  - Eu tenho que resolver algumas coisas. Uhm... você pode me emprestar um pouco disso?- pedi apontando para o pote.

  - Claro, é seu.- Minhyuk me deu o pote, levantei a calça e passei em torno da bola inchada e sangrenta que era meu tornozelo.

Esperei alguns minutos até fazer efeito e me despedi de Minhyuk com um aceno de cabeça. Os corredores estavam um pouco cheios, não reconheci ninguém então desci até o primeiro andar.

Adentrei o pátio e encontrei alguns caras jogando com uma bola de pano, outros fumavam e jogavam conversa fora, nenhum deles entrou no meu caminho.

Vi um portão que dava direto para um corredor. As paredes estavam com marcas de escavação, a mina. Cheguei até ela e tapei o nariz por conta do cheiro forte de fumaça que saia de lá. Desci lentamente, as luzes de lamparinas iluminavam o caminho e por vezes quase cai no chão por pisar em falso.