Cap 25

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Rafa;
1 semana depois.

Bufei batendo as unhas na penteadeira. Olhei a hora no celular e já eram quase meia noite.

Uma semana sem falar com meu pedaço de estresse.

Depois dele ter me contado sobre o estupro, eu pedi um tempinho pra pensar e depois ia conversar com ele.

Mas aí surgiu uma missão pra ele ir e é pra ele chegar hoje, já devia ter chegado na verdade.

O importante é que eu tomei coragem de falar com ele.

Não exatamente coragem, eu só não sei explicar. Me virei batendo de frente com ele, maior susto.

Rafa: Aí caralho - coloquei a mão no peito - Não faz mais isso pelo amor.

Gw: Foi mal, tô na maior saudade de tu - coçou a cabeça e eu dei risada - Qual foi palhaça?

Rafa: Nada ué, não posso rir agora? É eu também tô com saudades, infelizmente.

Gw: Posso te dar um abraço? - encarei ele e assenti.

Ele tá tudo inseguro, coisa que eu entendo totalmente. Se eu fiquei em choque total e quase tive um treco, imagine ele que tem que conviver com isso.

Rafa: Pode, não precisava pedir e nem nada - passei meus braços no pescoço dele, que abraçou minha cintura com força - Você tá bem?

Gw: Tô suave, quase entrando em abstinência por tua causa. Brabão ficar longe de tu garota.

Rafa: É horrível não ter ninguém me enchendo o saco, sério - dei risada e soltei ele - Vai dormir aqui?

Gw: Pô cheguei agora, não comi nada e nem tomei banho ainda.

Rafa: Problema nenhum, comida aqui é oque não falta e tem roupa sua no armário.

Gw: Que bonitinha, quer que eu fique né - revirei os olhos e deitei na encarando ele - Vou tomar um banho rapidão.

Rafa: Vai lá, não esquece de ver se tem toalha no banheiro - sorri fraco e fiquei encarando o teto.

...

Gw: Rafa? - passou a mão no meu braço e eu me virei - Tava dormindo já?

Rafa: Só cochilei, tô com fome - me espreguiçei - Só queria um x-bacon e coca.

Gw: Tu é interesseira pra caralho, vou mandar um menor pegar lá na tia pra nós - pegou o celular.

Rafa: Coca tem, não precisa pedir - sentei na cama e juntei todo meu cabelo, fazendo um coque alto.

Gw: É muito cabelo pra uma pessoa só, se foder - dei risada - Queria trocar uma idéia contigo. Sobre aquele bagulho. Queria falar pra tu não ter medo de mim e pra não me deixar. Só de pensar que vou ter que ficar longe de tu me dá maior agonia, te prometo que eu nunca vou levantar a mão pra tu e nem nada.

Ele falou rápido e eu juro que não consegui aguentar, começei a rir.

Rafa: Will, relaxa tá? Eu sei que você fez cagada e tudo mais, mas não foi porque você quis. Eu não vou te julgar, te tacar mil pedras e te largar por causa disso. Isso é uma doença, e eu quero te ajudar a "vencer" ela. Eu conversei com a minha mãe, ela me contou algumas coisas que ajudaram meu pai e eu acho que também podem te ajudar.

Gw: Tá querendo me ajudar? Tu é foda garota, não quero te decepcionar mas já tentei de tudo. Dona Roberta, me levou em médico e a porra toda.

Rafa: Mas você queria? Queria ir nos médicos? Tomar remédio? Você queria ajuda? - ele negou - Agora você vai querer, se ajudar e querer a minha ajuda.

Gw: Vai me obrigar? - debochou e eu revirei os olhos.

Rafa: Não, vou fazer melhor. Te chantagear - mandei beijo pra ele - Ou você me ajuda a te ajudar, ou eu vou meter o pé.

Gw: Coé, isso aí já é jogo sujo - bufou - Se tu vai me ajudar, pra que eu tenho que ajudar? Ou querer, sei lá.

Rafa: Doque adianta eu querer te ajudar, se você não quer ajuda?

Gw: Faz sentido, vou te ajudar então minha gata. Se é pro meu bem e te faz bem. Vai me fazer bem.

Rafa: Se é pro seu bem, com certeza vai te fazer bem né? - encarei ele óbvia.

Gw: Essa parada aí mesmo. Não foi oque eu falei porra?

Rafa: Foi, mas eu falei antes e você falou coisa com coisa.

Dei risada e ele levantou depois de ouvir o barulho de moto.

Gw: Vou pegar os bagulho, espera aqui - assenti e fiquei esperando, tô louca pra comer.

Quase que uns cinco minutos depois ele voltou com os lanches, dois copos e uma garrafa de coca.

Rafa: Eu podia jugar que ia morrer de fome - dei risada e ele me entregou as sacolas.

Gw: Tua mãe tá aonde? - dei de ombros - Ela não tá grávida?

Rafa: Tá ué, deve ter saído com meu pai que por um acaso tá morando aqui sabia?

Gw: Me passaram esse bagulho aí, pelo menos agora vou poder pular a janela a vontade.

Rafa: Tá, senta lá Jacob - dei risada e veio pra perto de mim - Que foi?

Gw: Vou te dar um bagulho, se tu perder eu como seu cu - tirou uma correntinha do pescoço.

Rafa: Vou cuidar como se fosse a minha vida. Só não tô entendendo como você, que ama tanto essas corrente tá me dando uma agora.

Gw: Porque eu quero, cala a boca - foi pra trás de mim e colocou a correntinha no meu pescoço - Pra te proteger e aquelas porra toda lá.

Rafa: Aí que bonitinho - sorri e encarei o pingente, uma cruz a coisa mais linda - Em você isso ficava lindo, agora em mim fica perfeito.

Gw: Fica mesmo, os bagulho tudo fica lindo em tu - beijou minha bochecha e veio pra minha frente - Come logo que eu ainda quero te comer.

Rafa: Hoje não, tô animadíssima - escutei ele bufar - Passei a manhã inteira cuidando da loja, depois passei a tarde estudando e fui pro colégio, eu tive três provas e duas aulas de educação física seguidas.

Gw: Três provas? Bora fazer uma aposta - falou todo sorridente, aí tem - Se tu tirar mais de 6,0 em todas eu como seu cu e se tu tirar menos que isso eu também como seu cu.

Parei pra raciocinar, o bonito falou tudo rápido demais.

Rafa: Tentou me confundir, e não eu não vou apostar contigo - mordi meu x-bacon.

Gw: Porra Rafaella, oque custa me dar o cu? Vou com carinho nem vai doer.

Rafa: William o cu foi feito pra uma coisa só, cagar. Não pra sair dando pros outros não.

Gw: Eu não sou os outros. Um dia eu ainda vou comer seu cu, bota isso na cabeça - gargalhei alto e voltei a comer.

...

Oi vidas, estão bem?

Passando pra avisar que tem livro novo aqui no meu perfil;
Luxúria.

Espero ver vocês por lá, acho que não vai se arrepender.

Minha DonzelaOnde histórias criam vida. Descubra agora