Capítulo 3 - Adrien.

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Sei que é errado, mas sim, eu estava espionando a Marinette.

O que eu posso fazer? Queria dar
um "oi" e talvez pegar alguns Croissants.

Mas vê-la com Luka tirou toda a vontade. Até porque não queria estragar o momento do casal.

Cheguei perto da praça e me destranformei. Mesmo que eu não gostasse muito, eu ainda tinha sessão de fotos.

— Queijo! — é a primeira coisa que Plagg diz.

— Toma! —entrego para ele e o mesmo se esconde. Vou em direção da sessão de fotos.

— Onde estava, filho? — meu pai pergunta, com uma feição preocupada.

Olha, isso não vemos todos os dias.

Apesar de tudo, meu pai diminuiu todas as minhas obrigações e começou a fazer parte da minha vida.

— Desculpa, tive um... compromisso! — passo a mão no cabelo — não vai se repetir! — ele se aproxima e beija minha testa.

— Podemos começar! — o fotógrafo gritou.

———🌹———

— Quinze minutos de intervalo! — o fotógrafo gritou. Limpei o suor da minha testa e me sentei, pegando uma garrafa d'água.

Vejo meu pai se aproximar e se sentar ao meu lado.

— Está quente hoje, não é? — suspiro frustrado.

— Já estou acostumado! — não era para isso soar tão frio, mas foi o que aconteceu. Ele respirou fundo.

Ficamos um tempo calados até vermos mais a frente dois loucos correndo. Sorri ao notar quem eram.

— São seus amigos?

— São! — mordo levemente meu lábio.

— Quer ir lá falar com eles? — o olho surpreso.

— Se... sério? Tipo, sério mesmo? — ele anui e sinto minhas bochechas doerem pelo sorriso que dei — obrigado, pai! — abraço ele rapidamente e me levanto correndo, com um sorriso ainda em meu rosto.

— Oi, galera! — cumprimento ao me aproximar. Sento no meio deles, talvez propositalmente.

— E aí, Agreste!- Luka sorri, como se não ligasse por eu estar sentado do lado da namorada dele. Era por isso que ela o preferia, ele era calmo. E eu um louco ciumento.

Ficamos um momento calados, até Marinette dizer baixinho:

— Faltou só a Chloé — olho para ela curioso.

— Como? — será que ela estava querendo dizer que eu estava incomodando eles?

— E-eu disse.. que eu amo o nome Zoe! O que você... você acha, Luka? — olhou para o moreno que soltou o ar.

— A...acho incrível! — ele se levantou — quem sabe um dia você não dá esse nome para sua filha? — piscou para ela, como se quisesse dizer algo. E como eu queria ter entendido o significado.

— O que? Não! — ela me olha — bem, talvez. Quem sabe? Mas você sabe que prefiro Emma! — Marinette se empolga e ele ri, então se abaixa e beija a bochecha dela.

— Preciso ir, sabe, Juleika precisa de ajuda em umas coisas... nos vemos por aí! Tchau, Adrien! — ele acenou e foi embora, me deixando meio confuso e Marinette comendo seu sorvete.

— Acho o nome muito bonito! — quebro o silêncio.

— Co... como?

— Emma, é um nome muito bonito! — e ficaria mais ainda se fosse Emma Dupain-Cheng Agreste.

— Ah.. é... obriga... da? — rimos e ela olha o seu sorvete — quer um pouco? — aceno e pego a colher, comendo um pouco.

— Acredita na lenda do sorvete? — pergunto ao ver que dividindo o sorvete, terminamos rápido.

— Acredito. Mas também não acredito. É complicado, sabe? — ela faz uma careta.

— É muito engraçada, My Lady! — me encosto no banco.

— Eu? Uau! Logo você, que vive me chamando de chata! — ri com sua expressão.

Ela encosta no banco assim como eu. Pego sua mão e entrelaço na minha.

— Eu amo você! — solto sem querer e vejo ela ficar com uma expressão surpresa. Conserta, Adrien, conserta! — co...como melhor amiga, sa... sa... sabe?

Ela ri, mas sinto que era forçado.

Se tinha momento mais perfeito, não existia. Precisava falar logo o que sentia.

— Mari...

— Adrien...

Dizemos ao mesmo tempo. Nos olhamos e rimos.

— Você primeiro! — repetimos a proeza. Tampo a boca dela.

— Eu preciso falar primeiro, sério! — ela anui e sinto todo meu rosto ficar quente — eu queria dizer que...

— Senhor Agreste! — olho para frente e vejo um jovem se aproximar correndo — seu tempo já acabou! Precisamos ir! — suspiro frustado.

— Preciso ir! — ela se levanta. Faço o mesmo, vendo seu rosto todo vermelho.

— Nos vemos depois! — Marinette fica na ponta dos pés e beija minha bochecha, mas antes de se abaixar, ela sussurra — também amo você!

Marinette sai correndo me deixando confuso. Começo a andar para continuar a sessão.

Talvez não fosse o momento certo para eu contar. Ou talvez era o destino dizendo que eu não devia.

Queria acreditar que aquela foi uma  declaração de amor, mas provavelmente era apenas de amizade.

Afinal, porque ela iria gostar de alguém como eu?

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Por Que Não?Onde histórias criam vida. Descubra agora