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Crianças eram muito mais resistentes do que os adultos, pensou SunHee, na manhã seguinte.

Imaginara que o filho de Taehyung estaria assustado e com medo na manhã seguinte, mas se enganara. Minseok aparecera no quarto dela, bem cedo, com um sorriso no rosto e cheia de curiosidade. Queria ver a nova casa e brincar, SunHee decidiu esquecer o trabalho de casa e dedicar-se o menino.

Minseok riu muito quando SunHee tentou descer pelo escorregador, que por certo não fora feito para adultos, e acabou caindo de um modo desastrado.

Minseok correu para ela, rindo sem parar.

— Acho que estou meio enferrujada.

— Vá de novo! — pediu Minseok, saltitando.

— Não. Acho que o Rei do Escorregador é você — declarou SunHee, levantando e limpando o pó da calça jeans.

O menino não hesitou, e SunHee sorriu ao vê-lo subir depressa, as perninhas escalando os degraus altos. Minseok passou do escorregador para o balanço e dali para a caixa de areia. Depois, os dois correram para a praia, SunHee carregando a pá e o baldinho, até chegarem à beira- mar. Para surpresa de Minseok, SunHee sentou-se no chão, ajudando-o a construir o castelo de areia.

— Estou toda suja de areia — disse o menino, mais tarde, enquanto observavam a maré desmanchar o castelo.

— Não faz mal. Vamos tomar um banho — disse SunHee, dando de ombros.

— Não vai brigar comigo?

Ela parou, abaixando-se ao lado do menininho.

— É claro que não, meu bem. É impossível brincar na areia sem se sujar.

— Minha mãe não gostava de areia.

Pobrezinho, pensou SunHee, ao ver que o menino estava prestes a chorar. Carinhosamente, pegou-o no colo.

O coração de Taehyung apertou-se ao ver como SunHee carregava o menino nos braços, trazendo-o para casa. O olhar dele não conseguia afastar-se dos dois, enquanto se aproximavam, e desejou poder estar com eles. A angústia cresceu, ao observá-los. Não fizera outra coisa o dia inteiro, mudando de uma janela para outra, atraído pelas risadas dos dois.

SunHee parou nos degraus da entrada, olhando-o diretamente. Taehyung afastou-se da janela tarde demais. A expressão dela dizia claramente que era ele quem deveria estar ali.

SunHee carregou Minseok para cima e ajudou-o a tirar as roupas molhadas. Logo o colocava num banho cheio de espuma perfumada.

Meia hora mais tarde, Minseok estava limpinho e cheiroso, pronto para uma soneca, embora insistisse que não estava com sono. Na cozinha, no entanto, acabou adormecendo sobre o sanduíche de geléia que SunHee preparara. Ao carregá-lo para cima, o menino passou os braços no pescoço de SunHee, que o colocou na cama, cobrindo-o carinhosamente. Depois de acender o pequeno abajur de cabeceira, saiu silenciosamente do quarto e desceu para a cozinha para lavar a louça. Preparou uma bandeja para Taehyung, um prato para Jin e ligou o interfone.

— O almoço está servido, senhor.

— Obrigado.

— Não vou levar aí em cima. Terá que se arriscar e descer.

— SunHee...

— Tenho trabalho a fazer, Sr. Kim. Trabalho que não fiz porque estava brincando com seu filho.

Houve um breve instante de silêncio.

— Obrigado, SunHee.

— De nada. Ele é uma criança adorável. Agora saia do seu esconderijo e venha comer.

a bela e a fera ;; kthWhere stories live. Discover now