Prólogo

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Gotta Be You — Prólogo

ANTES...

— Plínio, estamos falidos!

Fraco.

Era isso que me vinha na mente. Compreendia que, de certa forma, a culpa era toda minha, para a empresa atingir esse estado tão crítico. Falência.

— Mas... Como? — questiono, trêmulo, olhando o funcionário a frente.

— Encontramos rombos...

Travo.

— Rombos extremamente enormes... Bilhões! — o rapaz me comunicava irônico, como se soubesse quem fez isso. Era fácil. Eu.

— Certeza que foram bilhões? — ele concorda, verificando os papéis.

Burro. Descontrolado. Não soube administrar esse dinheiro corretamente. O fato era que, eu, nunca consegui fazer isso tão bem, quanto meu pai, antes de falecer. Ele deve estar se revirando no caixão de tanto ódio. O problema é: como farei para pagar a quantidade absurda de funcionários que tenho? Preciso fazer algo. Não tenho essa quantia toda e nem tempo para obter.

— Reúna todos no auditório imediatamente.

Assim que ele se retira, me deito no sofá de couro. Nem se eu vendesse a empresa, eu iria, de fato, pagá-los como todos merecem. Respiro fundo. Escuto meu telefone tocar, retiro de meu bolso e atendi.

Plínio? Por quê a casa está apagada?

Era minha filha, Edeline. Desde seus quinze anos ela parou de chamar-me de pai. No começo me incomodei, mas agora, estou tranquilo, em relação a isso. Ela se mantendo perto, é perfeito.

Esqueceu de pagar a conta de luz, novamente? — ela ri, debochada.

— Respeite-me, Ede! Pode ser que eu tenha esquecido...

Assim como nas outras seis vezes? Pai, essa não cola mais. — ela bufa. — Diga a verdade que está falido, isso não é nada errado.

— Não estou falido. Ligarei para resolver esse problema. Agora estou ocupado.

Após dizer tais palavras, coloco o celular no bolso, pegando minhas coisas e retirando-me do local, indo até o auditório, para comunicá-los da falência. Ao passar pelo corredor, não encontrei nenhum empregado circulando na área. Todos me temem, pelo fato de já ter mandado embora mais de 30 pessoas em um dia.

Saindo do elevador, rumei até o final do corredor, assim, entrando no local lotado e barulhento. Subo, ficando de frente para todos. Engulo a seco, os olhando com superioridade.

— A empresa faliu. — assim que me pronuncio, o barulho aumenta, me fazendo ficar com raiva, por tamanha infantilidade. Reviro meus olhos fortemente. — Silêncio!

— Como você pede silêncio com essa notícia? 'Tá maluco? — memorizo bem seu rosto, e dou um sorriso de lado.

— Espero que você encontre outro emprego, mas acharei difícil sem uma carta de recomendação. — Digo alto. Vendo todos se silenciar diante a essa frase. — É só isso.

(...)

— Filha? — grito, olhando ao redor da casa.

— O que foi? — aparece sorrindo.

— Você irá morar com sua mãe. — digo, por fim, sentando-me no sofá.

— Como assim? Eu trabalho, sabia?

— Não ligo, querida. — levanto-me, olhando-a. — Caso, tenha esquecido, eu ainda obtenho sua guarda, mesmo você tendo 24 anos.

— Certo. — moveu seu corpo em direção a escada, mas parou e virou-se para mim. — Saiba que farei de tudo para permanecer com minha mãe que sempre foi uma boa pessoa, diferente de você, papai.

Dou uma risada.

— Ela sendo uma viciada.

— Ex! — Edeline, grita, segurando no corrimão.

— Irá hoje mesmo.

— Ao menos ela não está falida. — debocha, me fazendo pegar um vaso e tacar em sua direção, que corre para o quarto.

Menos uma pessoa para sustentar, mesmo que ela tenha seu próprio trabalho. Ede, ainda mora sob meu teto.

| NOTAS FINAIS |

Não esqueçam de comentar o que achou desse prologo. Caso, não conheçam os personagens, me avisem, sério!
Amo vocês!<3

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