O Fim é o começo

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Estava animada no peito de Jack escutando sua respiração voltar ao normal, tudo parecia tão certo naquele momento, mas mesmo que não quisesse estragar o momento não deveríamos adiar mais, já tinha perdido muito tempo fugindo.

- Eu sei que isso não resolve nada - disse contra seu peito. Ele acariciou meu cabelo, mostrando que compreendia o que havia dito. - Sei que também não sou fácil de lidar, e que não tenho controle das minhas emoções - levantei para olha-lo nos olhos.

- você realmente não é nada fácil de lidar, e sim é bastante impulsiva, mas o fato de você só está descobrindo isso agora mostra que as pessoas também falharam em te corrigir. Elas também fugiram do problema.

- Ou simplesmente não quis ouvir...

- Algo você absorve, acho que as pessoas a subestimam demais. Eu fui uma dessas pessoas a não deixar muito claro meu objetivo.

- Tenho que concorda, você me deixava muito confusa. É bom saber com você se sente de verdade.

- desculpe - ele disse acariciando minha perna.

- Se você continuar eu vou ter que te atacar, é serio - ele sorriu.

- então acho que terei que continuar.

Estava desempregada, mas como Eli que de fato precisava e não aceitava ajuda, eu estava despreocupada. Estava livre para dedicar o tempo livre a mim mesma. Foi exatamente o que fiz, dediquei o tempo livre a mim e a Jack, ao qual me mostrava suas facetas a cada dia, me fazendo sentir em uma lua de mel. Colocamos a cada dia os pingos nos is, sendo sobre minha atitudes ou meus sentimentos, eu me sentia no céu.

Leticia quando soube comemorou tanto, que ela parecia está mais feliz sobre nós dois do que eu. Tive oportunidade de desabafar com minha irmã tudo o que escondia, mesmo que ela fosse minha confidente sempre terá coisas que você guardará para si. Estava esvaziando meu peito pouco a pouco, mas tinha uma pessoa que eu deveria por o ponto final e essa pessoa eu não estava nenhum pouco pronta para enfrentar.

O dia da consulta chegou e me sentia um pouco nervosa a respeito do que estaria por vir. Cheguei um pouco empolgada para contar que tinha feito muitas coisas por mim, e ela realmente pareceu feliz quando a contei, mas estão veio a bomba.

- o que vejo Carol é que você tem uma dependência emocional para as pessoas que estão em sua vida. Você sempre espera que alguém vá a salvar ou fazer feliz, mas só você mesma pode se salvar.

- eu sei...

- a dependência emocional pode mascarar o real. Você não teve um bom desenvolvimento emocional devido o deficit da adolescência com seus pais, pode ser uma causa mas não a única. É o que vamos continuar investigando.

- Você acha que entre mim e Jack é dependência? não é real? - senti meu estômago afundar.

- Carol é algo a ser investigado, não posso te responder, mas você não deve sofrer antecipadamente. Aproveite o máximo esse momento bom entre vocês - não me sentia convencida. - Carol respira. Está tudo bem - ela sorriu tentando me tranquilizar.

Me sentir tranquila momentaneamente, mas assim que sai a ideia me voltou a mente. A culpa toda era dela, ela não fez o papel que deveria ter feito, eu iria a confrontar. Peguei um táxi direto para a casa de Andréia onde desci no portão de ferro tão familiar. Um cara alto  saiu de dentro da casa me parecendo familiar.

- Posso ajudar? - respirei fundo.

- Andréia está? - aquela desgraçada dos infernos.

- Quem quer falar com ela? - ele parecia desconfiado. Andréia mais uma vez deveria ter se metido em encrenca.

Uma Garota nada Perfeita -  O RecomeçoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora