Mais erros?

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Sentada frente a frente com o senhor James tudo parecia ter perdido o son. Não esperava está tão cedo de novo em um tribunal. Sabia que o juiz estava falando sobre os motivos da abertura do processo porque já havia passado por essa situação antes, mas na verdade tudo estava mudo ao meu redor e o meu único foco era o Sr. James que tinha me feito despertar uma raiva ao vê-lo depois do incidente a tanto tempo atrás mas agora o encarando parecia ontem. Não conseguia não olhar para sua expressão que já demostrava vitória. Para o meu alívio o advogado do Sr.James não era Daniel como havia especulado. Despertei dos meus pensamentos assassinos a respeito do meu ex chefe quando Paulo me alertou que o juiz estava falando comigo.

__ Está ciente Senhorita? - não entendi sobre o que deveria está ciente mais não pude negar.

__ sim excelência. - a audiência correu tão rápido que mal pude perceber. As coisas estavam difíceis para mim.

Quando ele apresentou o meu atestado de internação em uma clínica de reabilitação foi como tudo tivesse acabado. A cada passo que dávamos para frente dois eram para trás e todas oportunidades de Paulo para qualquer apelação, quase todas eram rejeitadas diante das provas que infelizmente eram concretas. Paulo parecia sereno mas por baixo da mesa seus nós dos dedos estavam brancos de tanto apertar os punhos.

__ está alegando que foi totalmente anti ético ao contratar a Srta. Blooh? - perguntou seu próprio advogado.

__ sim. Foi um pedido do meu filho, aparentemente ele a conhecia e me pediu um favor.

__ E você o concedeu?

__ Sim. Se não fosse realmente sério ele não teria pedido. Mas não pensei que fosse o primeiro emprego dela depois da reabilitação. Não achei que causaria problemas.

__ além do ataque ao senhor houve outros problemas?

__ no início ela sempre foi uma boa funcionária mas com o decorrer do tempo suas faltas ao trabalho aumentaram, recebia bastante atestados dos seus supostos machucados. - eu queria estapear a cara desse velho tarado mas assim seria presa de imediato. Não era a única a me conter, Paulo tinha o maxilar serrado. Ele pediu quinze minutos de intervalo para se reunir e discutir alguns assuntos comigo que por Algum milagre foi aceito pelo juiz.

Assim que saímos da sala Paulo bufou alto demostrando sua raiva.

__ Mas que filho da p...- ele se conteve no final da palavra se dando conta de onde estava. Ele respirou fundo e segurou meus ombros olhando bem em meus olhos. __ vamos conseguir certo? - ele parecia está se auto consolando não a mim. __ estou tão furioso que está difícil pensar em algo agora mas...vamos pensar em algo rápido. - ele coçou o queixo. __ eles vão apresentar uma testemunha, provavelmente.

__ como eles apresentariam uma testemunha se só estava nós dois naquele andar?

__ ele vai. Pode ser uma falsa mais vai.

__ nós não temos como provar que estou certa. Não temos testemunha.

__ Sim temos.

__ quem?

__ Eu. - olhei para ele confusa.

__ você? Mas você não estava no momento.

__ eu a encontrei Carol.

__ mesmo assim não alguma prova de que foi ele.

__ não se preocupe vai dar tudo certo. As vezes para fazer justiça é preciso mentir. - arregalei os olhos.

__ vvocê não pode fazer isso Paulo. - ele sorriu de lado um pouco ameaçador.

__ É o que veremos. - as suas palavras tinham me deixado ainda mais preocupada. Os quinze minutos passaram correndo com a nossa pequena discussão e tivemos que voltar a sala. Entrei seguida por Paulo. Pelo menos foi o que pensei. Quando sentei na mesa o juiz me encarou mal humorado.

Uma Garota nada Perfeita -  O RecomeçoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora