Traição

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Chegando em casa eu estranhei em ver tudo bagunçado e algumas peças de roupas da Verônica jogadas no chão e tinham roupas de homem também e não eram as minhas, pois não era o tipo de roupa que eu usava, eu fui andando em direção ao meu quarto e foi então que eu comecei a ouvir barulhos de gemidos e meu coração acelerou e meu sangue ferveu de ódio.

Eu fui andando mais depressa em direção ao meu quarto e chegando lá a porta estava entre-aberta e eu ví a Verônica deitada de perna aberta em cima da nossa cama enquanto um homem comia ela. Eles nem teriam percebido a minha presença se não fosse pelo abajur que eu joguei na chão de propósito o fazendo se espatifar em mil pedaços. E então os dois se viraram em minha direção com os olhos arregalados ao me verem ali.

Verônica - Ícaro por favor eu posso explicar. Disse assustada se cobrindo com o lençol.

Ícaro - Explicar o que sua vagabunda?! Que estava me traindo o tempo todo!

Então eu acertei um soco na cara do sujeito que estava com ela, ele caiu em cima da cama, mas logo se levantou e veio pra cima de mim, enquanto nós brigávamos a Verônica se vestia e por fim eu dei uma joelhada no rosto dele que caiu no chão desmaiado.

Ícaro - É esse o cara que você arrumou pra amante? Não consegue defender nem ele mesmo.

Verônica - Ícaro por favor me ouve eu posso explicar.

Ícaro - Explicar que você é uma vagabunda! É isso que você é! Agora fora da minha casa.

Eu pego ela pelo braço e a puxo até a sala.

Verônica - Você não pode me colocar pra fora, esse apartamento também é meu.

Ícaro - O apartamento tá no meu nome e nós somos casados com separação total de bens.

Verônica - E pra onde eu vou onde eu vou morar?

Ícaro - Vá morar com o seu amante e pede pra ele sustentar você e a sua mãe. Eu tô fora. Digo a colocando pra fora do apartamento.

Eu fui até o quarto e peguei o amante dela que ainda estava desmaiado e joguei ele no colo da Verônica que ainda estava no corredor do prédio.

Depois de entrar em casa novamente e trancar a porta, eu peguei o primeiro vaso que eu ví pela frente e taquei na parede. Eu estava com ódio de mim mesmo por ser tão otário. Apesar da raiva que eu estava sentindo eu não chorei, a Verônica não merecia isso.

Eu dormi no quarto do Vitório e do Miguel e dormi sentindo o cheirinho deles no travesseiro. Na manhã seguinte eu levantei por volta das nove horas e depois de tomar um banho eu fui até a padaria tomar café já que eu sou uma negação na cozinha. Eu nem tinha mais vontade de ir pra festa do Théo em Angra, mas eu não poderia deixar o Vic e o Miguel lá sozinhos sendo que foi eu que levei eles.

Eu voltei pra Angra Dos Reis de helicóptero novamente e cheguei lá no comecinho da tarde, eu estranhei o silêncio da casa, mas logo ouvi vozes vindo da cozinha e fui até lá e estavam o vovô, Théo, Zezé, Miguel e Vitório sentados almoçando.

Ícaro - Bom tarde.

- Boa tarde. Disseram todos juntos.

Joaquim - Chegou na hora boa, o Vitório fez um almoço daqueles pra gente.

Vitório - Imagina, eu tive a ajuda da dona Zezé.

Ícaro - Eu tô mortinho de fome. Digo indo colocar o meu prato.

Eu comi junto com eles e realmente estava delicioso, por um momento eu esqueci do que me aconteceu ontem.

Ícaro - E a mamãe?

Doutor ÍcaroWhere stories live. Discover now