•Capítulo 2•

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Acordei no dia seguinte, um pouco zonzo e ainda com uma forte dor de cabeça. Não reconhecia aquele local onde estava. Era um quarto branco, com luzes por todos os lugares, diferente da cela onde eu estava, que continha pouca iluminação. Havia vários homens de jaleco branco, usando luvas e retirando tubos de sangue de mim, enquanto do outro lado da sala cruzo o olhar com o general, que me entreolha fixamente, de braços cruzados e batendo os pés inquieto.

— Mas por que ele acordou - bradou o general, sacudindo um dos rapazes de jaleco — Era para ele estar dormindo, vocês não aplicaram propofol o suficiente?

—Sim senhor, aplicamos a mais alta dose, não entendemos por que ele acordou.

Ele se dirige até a minha direção, com os punhos fechados e com o olhar de raiva, estampado em seu rosto. Com movimentos ágeis, ele segura meu rosto de forma brusca e o vira em sua direção.

— Estamos realizando testes em você, qualquer palhaçada que fizer, a barra só piorará para seu lado — bradou ele, em tom de ameaça.

Com os dentes semicerrados, sinto outra onda de raiva subindo nos meus corpo. Pude sentir uma leve ardência, e um calor fora do comum. Foi quando eu vi a feição do coronel.

— Seus olhos... — pausou — você está querendo sair do controle novamente, engraçadinho? — perguntou, dando um tapa em meu rosto, logo em seguida, saindo de perto de mim — apliquem uma dose maior de propofol e não o deixem acordar, tão ouvindo? — bradou, se retirando da sala.

Minha visão foi ficando cada vez mais turva, ainda sentindo uma ardência na pele, foi quando eu consegui distinguir o rosto de um dos homens que estavam ali na sala, antes de apagar.
Era Kai.

Acordo novamente, esfregando os olhos, tentando deduzir onde eu estava

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Acordo novamente, esfregando os olhos, tentando deduzir onde eu estava. Diferente do quarto completamente branco, agora eu me encontrava num local escuro, e acabo deduzindo que eu estava de volta a cela. Não tinha noção do que havia acontecido e nem quanto tempo fiquei apagado naquela mesa. Dessa vez não estava preso às correntes, então pude me levantar um pouco daquele chão frio. Estava sentindo uma dor de cabeça forte, presumo que deveria ser a grande dose alta de remédios que foram aplicados em mim. O que minha mente queria compreender, era o por que Kai estava lá naquela sala.

Vasculho com o olhar, a sala onde os guardas ficavam, tentando encontrá-lo para poder deixar tudo exclarecido, porém me deparo somente com Grish, comendo uns donuts, tomando café e folheando uma revista qualquer. O mesmo ergue os olhos, fecha a revista bruscamente, e vem em minha direção.

— O que quer, Parrish? — pergunta ele, parecendo estar sem paciência.

— Quero falar com Kai - digo, de forma rápida — sabe onde ele está?

— Você sabe muito bem que nós não podemos falar com prisioneiros, então vá dormir — disse ele com um tom de raiva.

— Você sempre diz a mesma coisa — bufo — mas vive conversando comigo quando seu chefe não está perto.

THE HELLHOUND { REESCREVENDO }Where stories live. Discover now