•Capítulo 12•

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⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️ AVISO DE GATILHO SOBRE CENA DE CRIME ⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️

Vasculho toda a área, tentando achar onde estava vindo o mal cheiro. Com meu nariz apurado, considerando que eu era um Cão do Inferno, começo a farejar um rastro que dava até uma pequena floresta. O cheiro começava a ficar mais forte, dando a ver que algo foi enterrado ali. Chamo Ayla, pedindo para que ela trouxesse uma pá para podermos escavar.

- Só vamos acabar com isso - disse ela colocando uma mão no nariz, me passando a pá.

Começo a escavar com cuidado, notando que algo começava a aparecer, e junto, um cheiro horrível, como se estivesse ali a dias. Ayla me olha com cara de nojo, avisando que iria sair dali. 

Com a cena do crime na minha frente, faço o mesmo procedimento. Sem mexer no corpo, tiro fotos para mandar ao xerife e, vejo o que causou isso. Parece ser mordidas de um....lobo? 

Havia marcas de arranhões em seu pescoço, e suas mãos haviam sido arrancadas. Com um pedaço de cotonete, recolho algumas amostras da cena do crime, para identificar a pessoa, e quem sabe até quem fez isso. 

Chamo na central, pedindo um carro para levarem o corpo, assim podendo fazer a autópsia. 

- Xerife, achei um corpo na cena do crime. Não havia nada na casa, apenas um mal cheiro vindo do quintal, onde vasculhei e achei um corpo enterrado. Preciso que mandem um perito para fazer uma autópsia completa.

- Qual a causa da morte? - perguntou o xerife. 

- Parece ter sido causado por um lobo - respondo - Suas mãos foram arrancadas e tem um enorme arranhão em seu pescoço. 

- Ok Parrish, cerque a cena do crime. Já mandamos o departamento até ai - desligou logo em seguida. 

Pego a faixa policial, cercando a cena do crime. Poucos minutos depois, vários peritos chegam até o local, onde explico tudo que aconteceu a eles. 

Terminando todo o trabalho, pego a viatura, voltando para casa. Não havia visto a Ayla, então presumi que ela havia ido embora. Vasculho o celular, vendo que tinha uma mensagem de Kai.

~ Vamos almoçar 12:00? To exausto de tanto chamado policial ~

~ Só se for agora. Vi um corpo hoje, to traumatizado ~

Chego no departamento, e ao levar a mão a maçaneta da minha sala, vejo que tinha alguém sentado de costas. Pergunto a algum dos meus colegas se eles haviam visto quem era.

- É sua ex mulher, Parrish - respondeu um deles - disse que queria falar com você, e está na sua sala até agora te esperando. 

Droga, era Katherine. O que será que ela queria? Me adentro na sala, onde a encontro segurando um punhado de papel nas suas mãos, e um isqueiro jogado em cima da mesa. 

- Ah você chegou - disse ela, jogando seus olhos em minha direção - Senta ai, preciso te mostrar uma coisa. 

Sento, observando ela mexer numas papeladas, algumas com desenhos um tanto... estranhos. 

- Toma, leia isso - estendeu suas mãos, me dando uma folha, repleta de desenhos antigos.

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O CÃO DO INFERNO - ESCRITURA DE 1950, RELATADA POR HALWYN 

O Cão do Inferno, ele é um Espirito Sobrenatural Imortal que possuí corpos Humanos, eles geralmente tem uma Missão visto que são Protetores do Sobrenatural Possui diversos poderes ligados ao Fogo. Sou o primeiro relato sobrenatural dessa criatura. O objetivo deles é fazer o mundo Sobrenatural permanecer escondido dos Humanos, eles foram mostrados não serem nem Bom e nem Mal se tornando absolutamente ligados a suas Missões. Minha missão é deter o Anuk-Ite, um metamorfo conhecido como uma criatura de discórdia, amplia o medo paranoia e ansiedade e é dito como Duas Faces por precisar se tornar um só ser, tendo como partes um Humano e outro Sobrenatural.

Venho através desse relato explicar como tenho lidado com esse ser sobrenatural, visto que após eu completar minha missão, o Cão do Inferno procurará outro hospedeiro. 

O Cão do Inferno transformado tem Olhos cor de Fogo, presas, Garras e uma Corpo Coberto de Chamas, em algumas ocasiões essas chamas estavam sob Controle mais podemos ativa-las quando quisermos. 

Nós somos imortais e talvez a única especie verdadeiramente imortal. Nossos poderes vão desde possessão, sentidos apurados , até viagem dimensional. Por enquanto não descobri quantas habilidades tenho. 

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- Espera, então ele já completou a missão e seu Cão do Inferno foi passado pra mim? - pergunto, incrédulo com tudo aquilo.

- Sim. Mas o Cão do Inferno só é passado pra outra pessoa de 2 formas, isso ele não relatou, porém achei isso - disse ela apontando para uma frase que dizia: ELES PODEM PERDER SUA POSSE AO CÃO DO INFERNO POR IDADE OU APÓS TERMINAREM SUAS MISSÕES. O HOSPEDEIRO ESCOLHE. 

- Ele escolhe.... - repito a frase, pensativo.

- Quer ler o meu? - chamou Katherine.

- Claro - respondo, pegando o papel que ela ofereceu 

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ORIGEM DESCONHECIDA - PRIMEIRO RELATO 

Banshee. São mulheres capazes de escutar vozes em suas cabeças e, por muitas vezes, tais vozes as levam até cenas de assassinato. Contudo, há casos onde elas escrevem ou desenham mensagens ditadas pelas vozes, tudo a partir de seu subconsciente. Geralmente são as primeiras a saber quando alguém próximo está prestes a falecer ou morre de forma sobrenatural, avisando tal fato através de poderosos gritos. 

São também conhecidas como Sacerdotisa da Morte ou Percursora da Morte. 

Banshees se sentem atraídas pelos Cães do Inferno. Essa conexão deve-se ao fato de que ambos são Percursores da Morte.

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- Cão do Inferno....Banshee.. Essas palavras não te assustam? -  pergunto a ela, devolvendo o papel que acabara de ler. 

- Nem um pouco - respondeu, pegando o isqueiro, tamborilando a tampa - Me dê suas mãos.

Ergo-as em sua direção, onde a mesma faz uma chama aparecer, se aproximando das minhas mãos. Contudo, eu havia sentido uma forte conexão, entre mim e o cão do inferno. Flashes se passavam pela minha cabeça, me direcionando ao passado.

Quando eu era militar, havia sido encarregado de desarmar bombas no Afeganistão. A mesma cena se repetia. O suor escorrendo em minha testa, tenso, onde por um descuido eu acabei cortando o maldito fio errado. E ali, eu achei que tivesse morrido. 

- AAAAAH - brado alto, antes de cair na real o que havia acontecido. Recolho as mãos, assustado, ao me relembrar do passado. 

- Você está bem? - perguntou ela - Seus olhos estavam alaranjados... parecia perdido.

- Não, não foi nada - minto.

Ajudo Katherine a recolher os papeis, indo com ela até a porta da sala. Ambos estávamos descobrindo mais sobre nossos poderes, para podermos deter essa guerra que Charles estava tramando. 

Poucos minutos depois dela ter ido embora, sem ao menos se despedir, Kai chega cumprimentando todos, que o fuzilaram com o olhar no mesmo instante, fazendo com que sua feição mudasse.

- Que diabos vocês tem? - bradou - Vão para o inferno.

- Calma - digo tentando não rir - Eles não são muito amigáveis - digo baixinho em seu ouvido.

- Cala a boca - disse ele, vindo me abraçar, sorrindo - vamos almoçar. 

THE HELLHOUND { REESCREVENDO }Onde as histórias ganham vida. Descobre agora