Serial Killer...

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♧ Debbie P.O.V ♧

Eu não devia ter entrado naquele carro.

"Oi espero que esteja bem aí no trabalho. Estou comprando as coisas de Cloe." 14:20 hrs.

"Olha eu de novo, amor! Estou indo para casa agora de táxi. Encontrei uma senhora muito simpática chamada Marta. Ela quem está me levando. Até mais tarde, eu te amo muito. Cloe e Lia estão com Kath." 14:57 hrs.

Liguei o GPS do celular e pus dentro da bolsa. A tal Marta era simpática e sabía como entreter uma pessoa numa conversa. Quando percebi, não estávamos no caminho para o condomínio onde Gregg reside. Estávmos indo para um lugar isolado.

Deve ser a idade que não tá deixando a mulher raciocinar.

__ Ei, não é pra essa direção. Porque estamos saindo da rodovia?

__ Você não devia ter entrado no carro duma estranha.__ Ela disse friamente.

__ Como assim? Por favor, me leva de volta...

__ Isso não vai ser possível garotinha...__ Ela me olhou de relance.

A expressão da mulher não era mais angelical, seu olhar era de transtorno, ela estava com uma expressão diabólica.

Lia... Eu não posso deixa-la sozinha, não posso...

__ Você vai ficar quietinha agora, e vai me deixar amarrar as suas mãos.__ Ela disse me apontando uma arma.

Fora do carro, ela me arrastou para um balcão abandonado, havia uma cama que dentistas geralmente usam.

__ Porque esta fazendo isso?__ Minha voz saiu embargada.__ Por favor, eu tenho uma irmã que precisa de mim, deixe-me ir embora.

__ Sabe o que eu mais gosto nas minhas vítimas?__ Perguntou me amarrando na cama.__ O que me leva a mata-las é o fato de vocês não lutarem, é o fato de vocês implorarem pela vida. Eu me sinto forte tendo poder sobre vocês.

__ A serial killer...__ Sussurrei.

__ Se é assim que você prefere me chamar...tudo bem...

__ Porque jovens e adolescentes mulheres?__ Perguntei tentando retarda-la ao máximo.

__ Vocês são mais fáceis de domar. Quando eu era da sua idade...eu não tive uma infância muito boa. As garotas da minha idade riam de mim, debochava de mim.__ Ela sentou olhando o facão amolado.__ Foi depois que meu filho completou quatorze anos que matei a primeira garota. E assim foi, fui matando uma a uma. Em quatro anos eu já havia matado trinta meninas sem ser descoberta. Mudei-me para cá com meu filho, ele começou a frequentar a faculdade e cursar biología. Enquanto ele estava estudando, eu estava em meu ofício.

__ Quantas meninas você matou?

__ Você será a garota de número cento e vinte. A última da minha aposentadoria...__ Ela levantou e foi até uma garrafa d'agua.

__ E seu marido?

__ O matei quando ele descobriu o que eu fazia.

__ Você não sente remorso? As famílias sofrem por suas perdas.

__ Eu não estou nem aí.

A mulher tomou o que parecia ser um remédio para a pressão arterial. Olhei para o teto, uma lágrima escorreu com a possibilidade de não ver mais a minha irmã, Cloe, Gregg...

__ Sabe, até que você não é tão medrosa quanto eu pensei.__ A mulher desabotoou minha blusa.__ Me admira você ainda não ter gritado por socorro.

__ Eu não vou gritar. Vou guardar minha voz para quando meu namorado vir me buscar e te prender.

__ Quem? Aquele delegado da Civil?

__ Não! Meu namorado é Greggori Bettencourt, delegado na Federal. Ele já está atrás de você.__ Seu olhar era de surpresa.

__ Já que é assim, vamos começar a trabalhar. Eu posso até sair perdendo dessa vez, mas você vai comigo.

Ela pegou um bisturi e começou a fazer desenhos em minha barriga. A dor era horrível, como alguém poderia ser tão cruel?

Ela forçava cada vez mais fundo pelo fato de eu não gritar. Eu só queria estar em casa, queria estar com as minhas meninas, esperando o cara que eu amo.

Pelo visto, a festa de aniversário e dia no parque aquático foram por água abaixo.

__ Não durma ainda...__ Ela disse me jogando água gelada no rosto.

Vi quando ela levantou um ferrão de marcar gado muito utilizado por antigos fazendeiros. O ferro estava vermelho, era nítido como a letra M se destacava. A mulher aproximou o ferro e precionou contra o meu braço, e puta que pariu, dói demais.

__ AAAAHHHHH....AAAAHHHHH. DESGRAÇADA...__ Lágrimas escaparam dos meus olhos.

__ Calminha menina, ainda nem chegou a pior parte.

O alicate de cabo laranja em sua mão me fazia ter náuseas, a mulher sorria de forma demoníaca, e o medo se instalou quando ela apoiou ele em uma das minhas unhas e puxou...

A dor era incrivelmente horrível. Eu não entendia porque ela não me matou logo, não entendia porque ela fazia questão de me torturar tanto...

Meus olhos queriam se fechar, eles queriam dormir, queriam paz, queriam justiça. Eu só queria a minha irmã naquele momento.

__ Liaaa...__ Sussurrei antes de perder as forças.

Lee Fernandes...Continúa...

Votem ★

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Por favor, não me matem se eu fui muito cruel com Debbie tá!? Faz parte do plano.

Não tenho mais nada a declarar.

Até o próximo episódio.

Delegado Bettencourt - Volume 2Where stories live. Discover now