O Professor - Volume 2

Capítulo 22

1 mês depois

Levamos Rose ao pediatra no começo do mês, felizmente está tudo bem com ela. Minha mãe veio aqui para casa na semana passada, e ela aparenta estar conformada, disse que quando ela parou de pensar que em algum momento ele ia voltar, a mesma começou a sofrer menos.

Dylan me ajudou e tem me ajudado demais nesse momento que estou passando, não tenho nem palavras para descrever. Eu nunca conheci alguém que se mostrou tão disposto a provar que me ama, e essa sensação é simplesmente incrível. Às vezes quando demoro a pegar no sono, ele fica lendo para mim, até que eu durma, e eu amo isso. Fora que ele está se saindo um pai incrível, Rose é simplesmente apaixonada por ele, e vice-versa.

Minha mãe voltou com a ideia de alugar ou comprar alguma casa por aqui, e claro, nós super apoiamos, ainda mais agora que lá, ela fica muito sozinha, se a mesma morar por aqui, vai sempre poder vir aqui nos visitar e eu vou poder ir na casa dela sempre que eu quiser.

- Você não deixou seu pai dormir hoje né? - converso com Rose enquanto dou a mamadeira para a mesma. - Ele tem que ir trabalhar, sabia? Não pode ficar fazendo escândalo. - ela me observa e sorri. Sorrio junto. - Eu te amo tanto, pequena.

- Amor?! - Dylan diz chegando no quarto. - Já estou indo.

- Vai lá, toma cuidado.

- Te amo. - ele me dá um selinho. - E te amo. - deposita um beijo no topo da cabeça de Rose.

- Te amo. - digo. - Tchau papai, também amo você. - falo como se Rose estivesse falando e ele ri.

- Até mais tarde.

- Até. - ele sai do quarto nos deixando a sós novamente.

Quando ela termina a mamadeira, coloco ela para arrotar e desço para comer alguma coisa, pois meus estômago já está reclamando.

- Deixa eu ficar com ela para você comer. - minha mãe diz pegando Rose do meu colo. - Bom dia.

- Bom dia. Como a senhora está?

- Acho que posso dizer que estou bem e você?

- Também. - sorrio. - Já tomou seu café?

- Sim, tomei com Dylan.

- Nossa... me trocando pelo Dylan. - rimos.

- Sabe... quando você começou a entrar na juventude, eu tinha tanto medo de como iam ser seus namorados, porque você nunca foi muito certa das ideias. - lhe encaro e a mesma ri. - Mas até que você encontrou uma boa pessoa.

- Com a vida a gente aprende a escolher, que bom né? Tudo bem que eu tive que apanhar um pouco dela, mas quem nunca levou uma surra da vida? - rimos.

- Verdade, quem nunca apanhou da vida está vivendo errado. Mas eu estou feliz que você tenha encontrado alguém como o Dylan.

- Eu também estou feliz, já teve várias vezes que eu quis socar a cara dele, mas eu não consigo me ver ao lado de mais ninguém. - ela sorri. - No dia que Rose nasceu, ele meio que me pediu em casamento.

- Sério? - ela diz eufórica e eu rio.

- Sim.

- E você? O que disse? Aceitou né?

- É claro.

- Ai, eu estou tão feliz por vocês, minha filha. - ela me abraça e eu sorrio.

- Às vezes eu me sinto tão culpada por estar feliz.

- Por quê? - ela acaricia meu cabelo.

- Porque meu pai faleceu só tem um mês, e eu fico pensando que eu não era para estar feliz.