O Salvador.

Enfim Paz.

Seus olhos forçaram para se abrir, estavam pesados, todo seu corpo pesava como se tivesse acabado de sair de um treino super intenso de quadribol, no qual ele tinha apanhado todos os balaços com o corpo todo. Ele se perguntava se poderia ter sido atingido mais de uma vez por um balaço se tentasse se levantar. No entanto sua mente que já saia da névoa da inconsciência lhe devolveu todas as lembranças do que havia realmente acontecido.

Draco forçou seus olhos para ficarem abertos enquanto tentava se erguer, ele não sabia onde estava, a última coisa que se lembrava era do auror levantando uma barreira entre ele e a luta, então tudo ficou escuro. Harry. Pensou desesperado. 

- não se levante, está tudo bem, tudo bem. – ouviu a voz quebrada do seu pai Lucius então sentiu os braços quentes o abraçar. – você está seguro hora, acabou. Está tudo bem. Eu estou aqui, filho.

- papai. – falou sentindo o no em sua garganta. A voz saindo rouca e dolorida, logo os dois soluçavam abraçados. – não chore papai.

- eu tive tanto medo de perde-lo. – falou se afastando o suficiente apenas para olhar nos olhos do filho.
 
- Harry não deixaria isso acontecer. – falou ele com confiança, depois olhou confuso em volta. – onde eu estou?
 
- St.Mungus. Você perdeu muito sangue, chegou inconsciente. – disse Lucius segurando o choro ao lembrar do estado em que viu seu filho chegar nos braços do Potter.
 
- e o Harry? Onde ele está?
 
- lá fora, ele só sai do lado da sua cama pra cobrar providências do medibruxo.
 
- quanto tempo fiquei desacordado? – perguntou sentindo-se confuso.
 
- três dias. – murmurou engolindo o choro que queria voltar.

- meus filhos? Como estão? E o rabicho? Foi ele, ele que me torturou. Ele está louco papai, temos que ter cuidados... Ele... Ele enlouqueceu.

- está tudo bem Draco, fique calmo. Scorpius e Lili estão bem, estão com Gina e Blasio. – falou para acalma-lo. – e rabicho esta morto. A casa onde ele o manteve preso foi queimada e ele queimou junto.
 
- quem queimou a casa? – perguntou, e recebeu um olhar do pai que já dizia tudo.

- ele teve o que merecia. – falou Lucios. - ninguém vai chorar a morte dele.

A conversa dos loiros foi interrompida pelo falatório do lado de fora do quarto. E quando a porta se abriu, os Malfoys tentava não rir da cena.

- meu santo Merlin, senhor Potter, já disse que não a nada que eu possa fazer. – o medibruxo, um homem baixinho e carrega no topo da cabeça, com alguns poucos fios dos lados e atrás das orelhas estava quase roxo enquanto Harry invadia seu espaço pessoa parecendo igualmente zangado.

- você precisa fazer algo, afinal, você é o médico aqui. – falou como se já tivesse dito aquilo um milhão de vezes.
 
- eu não tenho mais o que fazer, senhor Potter. Eu já disse. Tudo que se pode fazer agora é esperar que o senhor Malfoy acorde sozinho. – o médico dava pequenos pulinhos para tentar ficar na altura do Potter, talvez esperando que assim o moreno parasse de questionar seu desempenho na profissão.
 
- você disse isso ontem, e antes disso. Talvez eu deva procurar um médico mas capacitado para isso. – falou cruzando os braços e Draco jurou ter visto raios saindo dos olhos do médico que ficou ainda mais roxo e parecia ter parado de respirar tamanha a raiva.

Antes que eles voltassem a brigar Lucius deu uma tossida fingida, chamando a atenção dos homens parados na porta do quarto. Os olhos verdes brilharam quando cruzaram com os cinzas de Draco. Em uma corrida Harry já estava em cima do loiro, o abraçando apertado contra o peito.
 
- graças a Merlin. – Draco ouviu o médico falar com mais alívio do que esperado e acabou dando uma risadinha.
 
- Draco... – Harry se afastou apenas para olhar atentamente o rosto do Malfoy. – eu sinto muito, eu devia ter te protegido. Me perdoe. Isso não vai se repetir, eu prometo.
 
- você não tem culpa, Harry, está tudo bem. Não tem porque pedir desculpas.
 
- de agora em diante eu nuca mais vou deixa-lo sozinho. – falou com convicção.