acho que desejei ser exatamente como ele. não por inveja, mas por adoração.
cada listra de sua camisa de cetim era como uma lágrima que corria em minha pele. e nós sempre acabavamos deitados naquele colchão velho.
e pela manhã, ele saia pela porta com um sorriso estranho. era como se ele não desejasse retornar.
mas o fazia toda noite. as vezes o encontrava escrevendo em meio a luz da lua, e abraçava-o. e retornavamos para cama.
era o único lugar em que eu o tinha.
ㅡ mas nem era de verdade.