As palavras escorrem entre meus dedos, manchando os papéis que os dedico a ti. Somente a ti. Escrevo sobre você, mas logo desisto. Queimando os teus vestígios desesperadamente.
Não por temor — mesmo que esteja presente em minhas veias —, é porque ninguém se importa mais para os escritos exalando mágoa.
Dilacerar-me em atritos é a tentativa falha de nos eternizar, marcar o que um dia fomos. Que evaporou.
E devo-lhes dizer, meu bem, no final do dia — céus, o que me dói é o final do dia. porque sentir a ausência do teu toque, torna-me miserável. — há a necessidade de tirar-te de mim. Rasgando-nos em pedacinhos.
Meu amor, me derramo nas poesias. Nas tuas curvas. Nos teus toques. Em seguida, dou as costas, rejeitando os diálogos amargos, a tristeza excessiva.
Porque ninguém liga mais. Muito menos eu.