— Faminta. — segurei um pãozinho e o mordi. Como ele era bem pequeno, bastava duas mordidas para ele ir todo embora. Christopher também pegou um, mordendo sensualmente ele. Isso era natural dele. O cara conseguia ser sexy nos mínimos de detalhes.

— Que tal sairmos para jantar hoje e comemorar o seu aniversário? — sugeriu, animado, mais do que eu. — Podemos chamar o Ethan.

— É, parece uma boa ideia. — concordei, deixando o olhar cair em um ponto qualquer, enquanto a minha mente se desligou um pouco. Aquele sentimento está lá de novo, me atormentando e roubando a minha paz.

— O que foi? — o olhar dele demonstrava preocupação, tinha notado que havia ficado aérea, mesmo que por um breve instante, apenas. Christopher conseguia perceber qualquer mudança no meu comportamento.

— Desde que conheci Noah, esse é o primeiro aniversário que passo sem ele. — me abri, lembrando de todas vezes que causamos em Beaufort. Olhei para a minha tatuagem no pulso, um N tatuado. Essa foi em Los Angeles, quando estávamos bêbados demais.

— Eu sinto muito que essas coisas aconteceram. Você não merecia isso. — disse, sincero e demonstrando apoio, com um olhar condescendente, que logo repousou na tatuagem em meu braço, onde a tocou.

Noah não merecia isso. — umedeci os lábios, suspirei e senti o peso da agonia que me seguia para todo lado, em meu peito.

— Nenhum de vocês mereciam. — reformulou, como se pudesse sentir a minha dor ou o meu sofrimento.

Levei a mão em seu cabelo e empurrei os fios desarrumados para trás, acariciando-o e roubando um sorriso lindo. Apesar de toda a confusão que me rodeia, fico feliz por saber da existência desse sentimento sincero e verdadeiro de Christopher. Não seria capaz de seguir sem ele.

  
   Christopher queria faltar ao trabalho e ficar comigo o dia todo, mas não deixei. Praticamente o obriguei a ir trabalhar, porque faria o mesmo. Estava encantada com o capricho das coisas que ele fez para tornar a minha manhã especial, mas não queria lembrar que hoje era meu aniversário. Depois que perdi a minha mãe, nunca quis comemorá-lo ou sequer saber desse dia, mas tudo mudou quando conheci Noah. Ele fazia questão de comemorar o meu aniversário como se fosse o evento mais importante do ano. Segundo ele, o dia que cheguei ao mundo, o destino já estava encarregando-se de me unir à ele. Era engraçado pensar dessa maneira.

  Saí do banheiro, enrolada na toalha e o cabelo úmido jogado sobre os meus ombros. Caminhei tranquilamente até o meu closet, o qual abri e fiquei analisando qual roupa usar hoje. Optei por uma camiseta branca, uma blusa de frio azul marinho, uma calça jeans e uma bota para combinar. O dia estava nublado e um clima delicioso. Tirei a toalha e joguei em cima da cama. Segurei a barra da camiseta branca, mas a soltei de volta no lugar onde estava. Senti os meus seios doloridos, passei a mão neles identificando os lugares onde mais estava. Deve ser a minha posição de dormir, preciso melhorar nisso.

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Esse Garoto é o Caos Vol.2 [CONCLUÍDO] Onde histórias criam vida. Descubra agora