Prosperity

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Ter um parabatai tinha seus privilégios: você nunca ficará sozinho e sempre teria alguém para lutar ao seu lado em batalhas. Parabatais são feitos para te apoiar e é uma relação maior que qualquer outra. Sem falar que ter um parabatai, era como um presente para um Caçador de Sombras, nem todos tinham a sorte de criar uma conexão com alguém suficiente para querê-lo como seu parabatai.

E tinha seus defeitos: você nunca — exatamente, nunca — ficaria sozinho. Principalmente quando seu parabatai é Park Jimin.

Não foi nada difícil perceber que Jimin estava no mesmo bar que ele. Primeiro, Jungkook estava num bar que os donos eram vampiros e segundo, Jimin não era nada silencioso quando queria.

— Você realmente achou que eu não iria vir atrás de você, Jungkookie? — Jimin perguntou sentado no banco ao lado de seu parabatai. — Nós temos essa coisa aqui, — apontou para seu ombro, onde estava a runa parabatai — por uma razão e eu consigo perceber quando você não está bem.

O barman apareceu na frente dos dois nephilins e perguntou se Jimin queria alguma coisa, o mais velho pediu apenas uma água e o homem foi buscar.

— Você não deveria estar tomando conta do seu filho, Jimin hyung? — Jungkook perguntou depois de mandar pra dentro toda a bebida que estava em seu copo.

É, eles já haviam ido e voltado para Idris. E como enrolação no processo era uma coisa mundana, Jimin e Namjoon conseguiram facilmente a guarda do Martín. A Clave tinha todos os documentos com informações sobre os dois e sobre como era a relação dos dois arquivada — graças aos diretores do Instituto de onde eles viveram.

A única coisa que precisaram para dar a guarda da criança para o casal, foi ouvir algumas testemunhas que conheciam os dois e estavam dispostas a falar. Jungkook e o pai de Jimin foram duas testemunhas e a mãe de Namjoon foi outra.

— Uma que eu não sou o único pai daquela criança, — Jimin pegou a garrafa de água e a abriu, entregando para Jungkook ficar mais sóbrio — segundo, eu percebi que você está pra baixo desde que chegamos de Idris. Quase foi morto por um demônio menor porque sua cabeça não estava na patrulha, mas sim em outra coisa. Vai, desembucha sobre o que está acontecendo. Se não falar, vou ter que usar minha voz de pai e eu tenho certeza que você não quer ver Park Jimin sendo um pai bravo.

Jungkook suspirou e bebeu um pouco da água, sentindo seu estômago revirar. Ele estava com fome, deveria ter comido algo.

— É problemas do coração? Nunca vi você desse jeito.

— Ele não me mandou mensagem nenhuma, hyung, nenhuma. Nas duas semanas que nós ficamos em Idris, não recebi nada no meu celular. E agora, nós voltamos para Seul e continuo no escuro, parece que eu sou a única pessoa que se importa.

Jimin levantou uma sobrancelha, Jungkook ainda estava falando meio enrolado por causa da bebida. O mais velho suspirou e apoiou os cotovelos no balcão.

— Você já experimentou... mandar uma mensagem? Ou ligar pra ele? — Jimin sugeriu — Se você está sentindo falta dele, tente ligar. Talvez ele esteja achando que vai te incomodar se te chamar. Às pessoas são imprevisíveis, Jungkookie, e o amor não é fácil e não é egoísta, você não deve esperar por ele bater na sua porta dizendo "E aí, vamos ficar juntos?", às vezes você tem que correr atrás do que quer e você sabe disso.

O moreno terminou de beber a água e deixou a garrafa vazia em cima do balcão. Jimin estava certo, os relacionamentos iam nos dois sentidos, os dois tinham que lutar por isso e não era só porque Jungkook era novato que tinha que ser uma pessoa passiva, que esperava que tudo acontecesse e ficava a mercê dos outros. Jungkook não era desse jeito e não tinha porque ser.

Timeless Souls | TAEKOOKOnde as histórias ganham vida. Descobre agora