8. Quando a música é sobre borboletas pretas e Déjà Vu.

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— Bom dia, Chim! — ele está animado, percebo em seu tom de voz ou quando seus braços alcançam meu pescoço, abraçando-me de lado.

— Ah, bom dia. — termino de arrumar os benditos dos cadarços e me ergo, sendo abraçado da maneira correta. — Quanta animação, o que houve?

Os dias seguiam frios, mas havia alguns raios solares que deram o ar da graça assim que olhei para o céu.

— Tirando o fato de que agora eu tenho uma nova filha? — questionou, soltando-me. — Tudo bem que eu tinha um apego enorme com a outra, mas essa é tipo, mil vezes melhor.

Ele falava da antiga e da nova bike. Vê-lo animado com isso depois de ter notado o quão havia ficado mal me faz sorrir junto. Sento ao lado de meus livros, lugar bom o suficiente para tentar me esquentar com o pouco do sol que tinha.

— Poxa, eu estou muito feliz por você. Que bom que gostou da nova bike. — ajeito a bandana camuflada em meu pescoço ao que, com um sorriso curto, encaro meu amigo. — Como foi com o Yoongi? Ele é legal? — pergunto.

Yoongi, dos meninos, é o que fala menos. Está sempre com a cara fechada, como se não quisesse estar aqui. E tudo bem, eu entendo. Quem quer estar?

— Chim, ele é bem quieto. Quase não falou nada. — Hoseok senta ao meu lado, descansa a mochila sob seu colo ao que pondera um término de fala. — Eu nem cobrei interação com ele, porque só estávamos juntos para resolver o lance com a minha bike. Ele pediu desculpas e comprou outra. — enquanto digiro a resposta, Hoseok se apronta a continuar. — Aliás, eu acho que ele não comprou.

— Não comprou? Como assim? — e lá vamos nós. Eu, minha curiosidade e assuntos não tão importantes.

— Nós fomos há uma loja caríssima, tipo, muito cara mesmo. Tinha tantas coisas ali, de bicicletas á equipamentos de carros luxuosos. Nós fomos atendidos pelo dono da loja, porque, pasme. — fez uma pausa, atraindo minha atenção. — Yoongi é um dos melhores clientes. Está sempre ali.

— A informação é nova, mas não me surpreende. — arrumo outra posição no banco; a de índio. Em frente à Hoseok. — Ontem Jungkook me deu carona para vir á reunião e... — faço uma pausa ao notar a feição surpresa e curiosa estampada no rosto de Jung. — Ah, eu estava no caminho quando ele passou de carro. Enfim. — bato as mãos em minhas pernas. — Você e Yoongi foram de carro?

— Sim. — ponderou ao que se esgueirou para mais perto de mim. — Um carro chique, ainda por cima.

— O de Jungkook também é. Quando você chegou, viu se Namjoon estava de carro? — perguntei, juntando as informações em minha cabeça.

— Só tinham dois no estacionamento dos alunos, o de Jungkook e o que presumo ser de Namjoon. Estavam um do lado do outro, os modelos são parecidos. — Seok apoia a mão no queixo, pensativo.

— Caramba! — exclamo. — Não é possível que cada um deles tenha um carro. Meu Deus.

— Não se esqueça da moto que Jungkook usava para vir ao colégio, aquela moto é caríssima. — ressaltou.

Eu tinha os braços cruzados pensando em inúmeras coisas. Provavelmente pensaria em mais outras até que minha mente entrasse em pane.

— A última casa da rua... — inicio, receoso. Eu tinha medo de falar sobre ela em voz alta e alguém descobrir o que havíamos aprontado. — Mesmo sendo antiga, aquela casa é de porte fino, Hoseok. Ela é enorme, com certeza é avaliada em muito, muito, muito dinheiro.

— E eles estão reformando, não é? Trocaram até o portão por um de alta tecnologia. Devem ter feito isso, porque sabem que fomos nós a invadir, aí estão com medo de que invadamos novamente. — brincou, sorrindo. Instantes depois Hoseok se encolheu, medroso. — Deus me livre de invadi-la outra vez.

ROCK MÁFIAWhere stories live. Discover now