Capítulo 3 - Recommencer.

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Buenos ángeles de lectura! 🐍


— 'Tô falando sério! Nada deixa uma mulher mais desinibida do quê homens que sabem soltar a voz! — Oh não, ela não disse isso.

— Mãe, por favor, não faz isso… — Suspirei pelo que parece ser a centésima vez naquele dia.

— Ué, mas por que? Eu tô dizendo, é sexo forte!, preciso passar as informações, amigas unidas jamais serão vencidas. Nunca ouviu?

Eu... eu não acredito nisso.

— Cisa, e-eu... — A sabe tudo tentou falar, mais vermelha que a própria cor. — não foi o que eu quis dizer!

— Mione, isso aqui é a vida real — Minha mãe retomou — vamos, petit garçon¹, você é um gangster agora!

Dessa vez, uma onda de risadas ecoou pela sala onde estávamos, confortavelmente sentados no chão, com Teddy em meu colo, dormindo como o anjo que é. 

Gangster...

Não demorou muito para que meus pensamentos se voltassem para tudo o que aconteceu até chegarmos aqui.

Foi algo tão, mas tão confortável e natural que, pensando agora, chega a ser assustador.

Quando chegamos em casa, com Teddy cheio de manha pelo dia cheio que teve, Ticy não demorou a aparecer, logo se apresentando a nova visitante e se dispondo a saber sobre nosso dia.

Ao que minha atenção se voltou para Granger, pude perceber como seu olhar estava pesado, não a culpo, da última vez em que ela esteve aqui minha tia tinha se dado ao trabalho de torturá-la no chão da mesma sala em que se encontrava agora. Um fato curioso era, que mesmo com seu desconforto visível, ela sorria. Parecia sincero.

O Jantar correu bem. Teddy já estava cansado demais então minha prioridade foi colocá-lo para dormir assim que terminei de deixá-lo bem alimentado. Lembro da Granger na grande biblioteca da casa e apesar de não participar muito, lembro de seus sorrisos e expressões suaves enquanto conversava com minha mãe.

A fadiga me alcançou duas horas mais tarde. Meu corpo não era mais tão resistente e implorava por cuidados. O ruim é que eu sabia que ele implorava pelo cuidado de alguém. E quando me recusei a pensar mais sobre isso no instante seguinte houve um estalo, e em um agonizante estalo a dor se alastrou pelo meu corpo. Não lembro de muito depois de tomar as porções, como de praxe; Primeiro a poção para dor seguido de uma porção extra de sonífero.

O que está realmente martelando em minha cabeça e pesando em meu coração foi o que aconteceu horas depois, antes do alvorecer, antes de chegarmos a esse ponto.

Era o mesmo pesadelo, sempre o mesmo.

Mas não era novidade acordar na madrugada, suado e arfando, tendo que levantar para tomar uma ducha e só então, tentar colocar os pensamentos em dia. A novidade foi depois de banhar, quando estava voltando para cama e quase ir ao chão por causa de algo deitado sobre o mesmo. Bom, por alguém;

— Draco? — Meus olhos já estavam arregalados — Está tudo bem? Preciso chamar a Ticy? – Escutei a voz da Granger, mas não podia ser não é? Afinal, o que ela estaria fazendo deitada em um colchão ao lado da minha cama? No meu quarto?

— Granger? — Eu tinha que ter certeza, não fazia sentido algum.

Oh, Merlin!, isso é coisa de Veela? Alucinações?

Mas pensando por outro lado não era tão ruim se baseado em minha primeira descoberta - além do que já era de conhecimento geral - sobre ser ligado romanticamente a alguém. Parei meus estudos sobre a linhagem Veela logo depois disso, já me era suficiente o tamanho do absurdo, me recusava a saber mais a fundo.

H.O.P.EOnde histórias criam vida. Descubra agora