Dreamer - Sonho 1

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DREAMER

 

Oi, meu nome é Matt, tenho 19 anos e sou um pouco diferente de você e de 99% deste planeta. Você se pergunta “Ora mas por quê?”. Simples resposta, quando você sonha e morre, você acorda na sua cama, tudo bem com você. Mas eu, se morrer no sonho, bem… Não acordo nunca mais. Somos uma raça especial, os chamados dreamer’s, em 6 bilhões de habitantes do planeta você encontra outros 21 além de mim.

Como eu surgi? Bem, meu pai e minha mãe não transaram como todo mundo, somos de outro lugar, muito distante. Cheguei a este planeta como todos os meus irmãos, fui teleportado assim que meus sonhos começaram a ter poder sobre mim, e este planeta é minha prisão, até que eu aprenda a controla-los. O curioso de ser um dreamer é que ninguém percebe a diferença, mesmo dormindo, eu fico deitado assim como qualquer um, mas dentro de minha cabeça, meu subconciente está em uma luta constante pela sobrevivência carnal e espiritual.

Meus poderes nunca me trouxeram muitos problemas, mas de uns dias para cá, alguns sonhos têm me atormentado. Toda a noite, antes de dormir, tomo um remédio que reduz minha atividade cerebral durante o sono, ou seja, meus sonhos são campos floridos e animais saltidando. Esse remédio também causa destruição mental, meu subconciente se apaga, lentamente. Alguns dias me arrisco e não tomo a minha dose diária, preciso de um pouco de emoção, e durmo, tendo sonhos incríveis e aventuras inimagináveis, e também surreais, que qualquer um diria ser impossível acontecer, ou que eu não poderia sobreviver a tudo isso, bem, estou aqui, e sinceramente, sou o melhor dreamer que existe.

Meus sonhos são coisas inexplicáveis.

Mundo Surreal

Eu deitei na minha cama e durme, os sonhos imediatamente começaram a surgir na minha mente. Via a imagem de uma cidade abaixo de mim, e eu no alto de um morro, observando tudo, levaramm alguns segundos para minha mente se acostumar ao sonho e eu poder me mover com naturalidade, mas logo estava pronto para a ação, e percebi, ao olhar para os lados, pessoas correndo e gritando, humanos com seus corpos deteriorados comendo, ou melhor, devorando os humanos saudáveis. Sim, eram zumbis. Mortos vivos, essa era nova para mim. Normalmente vou para antiguidade, onde tem espadas, dinossauros, às vezes tudo isso junto. Meus sonhos são incontroláveis.

Olhei para a esquerda e vi um monstro vindo em minha direção, esperei ele se aproximar e dei um chute com giro, acertando o zumbi com o calcanhar, fazendo-o cair. A cabeça do monstro rolava, dando seus últimos espamos de vida após a morte. Olhei para os olhos do zumbi e o vi morrer, dei alguns passos, olhei para trás, uma multidão de mortos me seguia, posso ser bom, mas não sou vinte, corri para atrás do muro de uma casa, havia cerca de um metro de espaço entre os tijolos e um barranco de terra que ameaçava cair a qualquer momento. Vi cerca de quatro pessoas escondidas ali, fortemente armadas, era como se já esperassem que aquele apocalipse fosse acontecer, era um arsenal completo, havia metralhadoras, revólveres de todos os estilos, espingardas de variados modelos e arma principal, intocavel até o momento, uma sniper magnum 47, era uma bela arma, realmente.

Peguei duas pistolas que estavam escondidas e as carreguei, ainda peguei quatro pentes de reserva e os coloquei em minha calça, entre o cinto e a cintura. Nós, dreamers, somos pessoas precavidas, vamos de roupa, não vou mais cometer o erro de ir para um sonho completamente nu. Engatilhei ambas as pistolas e sai andando, sem medo, em direção ao sul, onde a rua terminava em uma curva que saía no meio da floresta. Cada zumbi que aparecia na minha frente era morto com um único tiro no meio da testa, seu sangue verde voava pela nuca logo que a bala atravessava o crânio.

Entrei pela floresta, a pistola da mão esquerda ainda tinha cinco balas e a da mão direita sete, eu ainda tinha doze tiros antes de recarregar. As árvores encobriam um pouco a vista, fazendo sombras que dificultavam a visão, o sol era forte, e estava bem a minha frente. Naqueles longos dez minutos que andei naquele matagal não encontrei um único zumbi, não ouvi mais gritos, todos haviam morrido. “Espere”, pensei comigo, ouvi um som de tiro, “Eles estão vivos ainda” e segui minha jornada, até encontrar outra rua, que dava continuidade a anterior.

Dreamer-Mundo dos SonhosWhere stories live. Discover now