Para todos os hyungs que já amei

Prólogo

Sempre me considerei uma pessoa excêntrica, gosto de colecionar as fotos que tiro em minha câmera de polaroid, de fazer doces em formas de coração e me vestir com roupas de cores pasteis, gosto de livros de romance clichês em que a protagonista sempre casa e vive feliz com o mocinho e de dar nomes aos meus bichinhos de pelúcia; até agora nada de mais não é, parece apenas que descrevi uma garota de normal de 14 ou 15 anos, bom seria se eu não fosse um garoto.

Me chamo Song Hyeongjun e tenho 17 anos, sou o que muitos de vocês conhecem como invisível, nunca quis ser diferente dos outros meninos pelo contrário já tentei inúmeras vezes agir como eles, já tentei praticar esporte "másculos", mas sou fraco demais para esportes de resistência e lento para esportes de velocidade, tentei também me vestir mais parecido com os outros meninos, mas não resisto a uma coroa de flores ou um moletom amarelo, tentei até sair com algumas garotas como os caras da minha escola sempre fazem mas nunca consigo sentir atração por elas, por fim acabei me aceitando como eu sou um garoto gay de 17 anos que mais parece uma pré-adolescente fofinha que fantasia com o príncipe encantado.

Não me levem a mal eu também fantasio com um príncipe encantado, e foram essas fantasias que me fizeram escrever os meus bens mais preciosos: as minhas cartas, eu as escrevo sempre que tenho um crush tão intenso que não sei o que fazer, são cinco no total: Minkyu o galãzinho da escola, Minhee do acampamento, Yohan do baile, Wonjin da casa na árvore e o Hangyul, mas ele é namorado da minha irmã, essas cartas são tudo pra mim quando as escrevo eu exponho tudo os meus sentimentos, minhas opiniões e meus segredos mais íntimos, escrevo como se eles nunca fossem ler e realmente não vão, quando termino fecho o envelope, escrevo o endereço e guardo todas em uma pasta no fundo do meu guarda-roupa, não são necessariamente cartas de amor eu as escrevo quando desejo não estar mais apaixonado depois que as guardo sinto como se elas me desapaixonassem, com isso posso seguir em gente sem lembrar constantemente do sorriso dele ou da forma como me tratava, ninguém mais sabe disso e assim espero que permaneça.