Minhas Paixões [+18]

CAPÍTULO 25

Júlia ✨

Thayná: - Ela nunca vai me perdoar por isso. *Chorando*

Julia: - Você precisa dar um tempo pra ela, calma.

Ver a Thayná nesse estado estava me matando, decido tentar falar com a Agatha sem ninguém saber.

Julia: - Professora posso ir ao banheiro?

Professora: - Claro Julia, não demore.

Desço as escadas correndo. Bato na porta da sala da Ágatha.

Julia: - Bom dia, a diretora pediu pra chamar a Agatha.

Professora: - ok. Agatha a diretora quer falar com você.

Agatha sai da sala e eu puxo ela correndo pra dentro do banheiro.

Agatha: - Tá doida Julia?

Julia: - Doida tá você!

Agatha: - Que saudade de você. *Me abraça*

Retribuo o abraço, e Agatha começa a chorar no meu ombro, sem dizer nada, ficamos ali alguns minutos, e ela me solta.

Agatha: - Tanta coisa aconteceu, eu precisava desse abraço.

Julia: - Quer conversar?

Agatha diz que sim com a cabeça, sentamos em um banquinho dentro do banheiro e ela começou a contar tudo.

Julia: - Mas ela não pode fazer isso com você *digo indignada*

Agatha: - Ela é minha mãe Julia.

Julia: - Mas isso é abusivo, isso é agressão, tá doida Agatha, tudo isso por você ter ficado com a Thayná? Nada justifica isso não.

Agatha abaixa a cabeça. E alguém abre a porta, olhamos juntas e era a Thayna.

Ela corre e as duas se abraçam como se fosse a última vez que estivessem se vendo.

Thayná ✨

Ela me abraçou com tanta força, tinha tanto afeto nesse abraço, tanta saudade, tanto carinho, mas também tinha muita dor, eu podia sentir a dor da Agatha.

Thayna: - Vai ficar tudo bem. *Beijo o topo da cabeça dela.*

Agatha: - Não vai! Isso não pode acontecer.

Olho pra Júlia que faz que sim com a cabeça e logo Agatha me solta.

Agatha: - Eu não posso te querer, eu não posso estar com você, eu não posso.

Thayná: - O que aconteceu Agatha?

Ela levanta a manga do casaco deixando a mostra marcas roxas em seu braço, meus olhos no mesmo instante começaram a lacrimejar.

Agatha: - Eu não quero passar por isso nunca mais, principalmente por alguém que não vale a pena

Aquelas palavras me cortaram, mas eu entendia, eu vacilei com ela algumas vezes e na realidade ela nem merecia. Mas os roxos na pele dela me doíam como se fosse em mim, ao mesmo tempo crescia uma ódio, como uma mãe pode fazer isso com a filha? Que tipo de amor doentio é esse?

Thayná: - Você sabe que não precisa passar por isso.

Agatha: - Como não? Tudo é aprendizado *disse abaixando o casaco* - Eu quis você, eu amei estar com você, eu perdoei você, eu lutaria por você, mas eu não posso ser cem com alguém que é menos de cinquenta comigo.

Thayna: - Eu entendo, independente de qualquer coisa eu queria te pedir desculpa, fui imprudente, você não merecia.

Julia: - realmente.

Agatha: - minha condição pra voltar pra escola é não poder chegar perto de você. Eu te perdoou mas agradeceria se afastasse um pouco.

Thayná: - É isso que você quer?

Agatha: - Não. Mas é o que eu preciso.

Chego perto, encosto meu nariz no dela, sinto sua respiração, sinto ela colocar a mão na minha nuca e sua língua invadir.. foi intenso, como se fosse o último beijo.

Terminamos com um selinho, Julia estava sentada mexendo no celular.

Julia: - Terminaram princesas?

*Rimos* que saudade eu estava dessa risada da Agatha.

Agatha: - Tenho que voltar pra sala.

Julia: - Até depois.

[..]

Agatha ✨

Eu não devia ter deixado esse beijo acontecer, talvez isso tenha me deixado mais confusa do que antes .. mas de qualquer forma o melhor é se afastar da Thayná e evitar problema.

[4 semanas depois]

Algumas semanas passaram, parece que tudo tinha voltado ao normal, eu e Thayná trocávamos olhares, e nunca mais tinha visto ela com ninguém. E nem tínhamos ficado.

Todo ano nesse colégio o primeiro, segundo e terceiro ano faziam uma viagem. Esse ano será pra Penedo, nunca tinha ido. E estava animada, minha vó conversou com a minha mãe e ela deixou mas disse que teria que conversar com a diretora.

Um final de semana longe de casa, longe de tudo..