Descendentes do Inferno - Uma história Renegados do Inferno - Vol Único

Demônios Não Podem Amar

— Fala a verdade. Você só não queria se sentir sozinha hoje certo? —  perguntou Danyelle enquanto Rachel se jogava no sofá de couro.

— Como sabe?— Perguntou ela fazendo bico de criança com pirraça.

—  Rachel Alucard preocupada comigo e com Adam? Isso é meio novo... —  Dany sorriu. — olha... Obrigada por ter lembrado da gente, mas infelizmente não é um bom momento Rachel, nós dois estamos passando por uma barra, e eu sei que você também está passando pelos seus problemas, mas... Isso não e um clube da depressão ok? Por falar em bares demoníacos a filha de Handriel já deveria ter chegado aqui. Ela saiu da casa do Adam faz tempo, você a viu?

—  Não... Deve estar nos fundos da boate, limpando a cozinha ou sei lá. —  Disse Rachel se levantando, mas logo depois ela franziu o cenho. —  Alexia Parker...

—  Sim. O que tem? —  Perguntou Dany e o Barman acabou aparecendo na mesa.

— Oi. —  Disse ele encarando Dany que arregalou os olhos.

—  Vou deixar vocês a sós, quando Alexia aparecer, manda ela vir até a mim. —  Disse Rachel a ele saindo do caminho dos dois.

  Enquanto isso Adam andava em direção a sua casa pensativo. Ele queria se animar, mas com o filho separado dele, era basicamente impossível, enquanto andava Adam sentiu a presença de outra pessoa o perseguindo.

  Olhou para trás e acabou não vendo ninguém.

  Retornou seu olhar em direção a porta de sua casa e encaixou a chave na porta, chegou a abrir, mas não entrou. A presença estava mais forte.

— Aparece pois eu sei que você está aí. — Disse Adam se virando mais uma vez e um homem com casaco de pelos e um colar de madeira, com cabelos loiros e um rosto admirável apareceu.

  Era o mesmo homem do bar dos monstros.

— Você... Sinto cheiro de DST até do outro lado da esquina! — Disse Adam reparando que a magia dele era a ver com sedução. — Você é o íncubus mandado de Aurora não é? Veio aqui me matar ou mandar  alguma mensagem?! — O demônio riu daquilo e se aproximou fazendo Adam entrar em alerta.

—  Uma mensagem. — Respondeu. —  Meu nome é Asmodeus, nos vimos uma vez na rebelião de Lúcifer. —  Disse entrando na casa sem ser convidado.

  Adam não estava gostando nada, nada daquilo.

— Preciso de mais bebida. —  Disse ele entrando na casa e fechando a porta. —  Então Asmodeus, que tipo de mensagem você trás pra mim? — Perguntou retirando o blazer e o pendurando enquanto Asmodeus encarava a foto em família.

— Seu filho. Ele despertou. — Disse ele se voltando para Adam. — Avise a rainha que Macayla está em perigo. — Concluiu e Adam franziu o cenho estranhando aquela conversa.

— Por que Aurora mandaria você me pedir cuidado?

—  Ela não pediu. Só estou sendo rebelde.

—  Por que? — Perguntou Adam e Asmodeus sorriu.

— Por que eu amo a Rachel. —  Ele respondeu ainda com sorriso no rosto. —  Em todos os milênios estando no inferno, ela foi a única que era tão ousada, tão cheia de...

—  Tesão? Fogo na piriquita? Vontade de amaciar a xavasca? — Respondeu Adam pegando seu uísque novo.

— Energia. — Respondeu Asmodeus. — Mas sim, o fogo dela também me chamou atenção.

— Por que você é um depravado que não consegue segurar sua berinjela?

— Por que eu sou um íncubos! E além das súcubos ninguém era como ela. Com tanta fome por pessoas. — Adam respirou fundo.

— Queridinho, por mais que eu seja conhecido da Rachel, eu não sou seu cupido, então vá você se declarar enquanto eu me delicio com um uísque que comprei na promoção. —  Respondeu Adam. 

  Asmodeus sorriu e já ia em direção a porta quando Adam se levantou.

—  Espera. —  Disse  ele. —  Meu filho. Como ele está?

—  Ele está bem. Aurora não está extrapolando com ele. — Respondeu Asmodeus. 

—  Se ama a Rachel, por que luta contra ela?

—  por que quando eu for o rei do inferno, ela finalmente vai olhar pra mim e vai se casar comigo.

— Rachel? Casada? Dando a piriquita pra um homem só? Enlouqueceu?

—  Essa é graça Adam, nós dois seremos livre, mesmo casados. — Respondeu e Adam riu daquilo como se fosse uma piada.

— Asmodeus, querido. Não se iluda... Não combina com seu rostinho bonito. — Respondeu e Asmodeus se aproximou de Adam.

—  Eu não sou apenas um rostinho bonito. — Disse ele e Adam desfez o sorriso ficando sério imediatamente, quando de repente o príncipe da Luxúria decidiu beijar Adam com uma intensidade que empurrou o médium para trás levando-o até a parede.

  Adam o empurrou franzindo o cenho.

— Sai da minha casa! —  Disse ele.

— Ei! Eu não estou usando meus poderes em você, é só uma noite!

— Eu sou casado. —  Disse Adam e Asmodeus sorriu.

— Viúvo, você quis dizer. — Retrucou o príncipe da luxúria e Adam engoliu em seco.

  Ele encarou a parede de sua casa ao lado pensando na dor que aquelas palavras fundiram nele. Mas como Asmodeus entenderia? Ele era um príncipe do inferno. O que entendia ele sobre amor? 

—  Asmodeus, se eu quisesse transar só por estar viúvo você não seria nem o último ser com que eu faria isso. Faça um favor a si mesmo. Se realmente ama a Rachel, faça o que é certo uma vez na vida. — Adam apontou a parte de saída e Asmodeus se virou lentamente se dirigindo à porta.

  Demônios como ele, não sabiam amar, não sabia nem o que era aquilo. Tudo o que eles entendiam era dor e sofrimento, como ele iria acreditar que algum dia seria correspondido?