𝟘.𝟝-Someone you loved

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Domingo, o único dia em que posso descansar dos meus problemas, não preciso me preocupar a que horas acordo ou o que faço em domingos, mas hoje era diferente, hoje dei uma chance para Reggie, e estava com um mau presentinho sobre isso, espero do fundo do coração não me arrepender.

Acordei e já eram 13:00h, tomei um banho e entrei na cozinha me sentando numa das cadeiras castanhas ao lado de Hal, minha mãe se senta depois de colocar o meu prato de comida em minha frente.
Como depois de conversar com eles e subo de volta para meu quarto, arrumo o meu closet e em seguida coloco minha prateleira de livros em ordem, arrumo todas as roupas do chão e faço minha cama, deixando meu quarto limpo.

Já eram quase 19:00h, achei melhor me começar a arrumar, vesti umas calças jeans azuis claras, uma camisola cor de mel, de lã e calço minhas all star.
Em minha cara coloco corretivo, rímel, pó, iluminador e um gloss transparente.
Deixo meu cabelo liso e pego as chaves do carro pois já eram 20:00h.

Quando entro no pop's já eram 20:11h, Reggie estava sentado em uma mesa num dos cantos do café.
Me dirijo á mesa e sento em sua frente.

𝙅𝙪𝙜𝙝𝙚𝙖𝙙:
Não podia acreditar que alguém inteligente como a Betty, podesse ter acreditado outra vez no idiota do Reggie.
Nunca estive com tanta raiva em toda a minha vida, saio de casa batendo a porta com uma força incontrolável.

Sento em minha moto e atinjo uma velocidade que nem eu próprio sabia que minha moto poderia atingir.

Mas querem mesmo saber toda a razão da minha fúria? Recebi uma chamada do Chic á poucos minutos atrás...

𝐅𝐥𝐚𝐬𝐡𝐛𝐚𝐜𝐤 𝐨𝐧:
- Cara, você tem certeza?- eu não era mais responsável por meus atos, tudo o que fazia agora era minha raiva no comando.
- Jones, tenho sim, mas fica quieto.
- Como que eu fico quieto, caralho?!

Desligo imediatamente, eu tinha acabado de ouvir que o Reggie fez uma aposta em como conseguia violar a Betty?!
A única coisa que ele iria conseguir era uma boa sova minha e uma ida á prisão, com sorte, sem volta.
𝐅𝐥𝐚𝐬𝐡𝐛𝐚𝐜𝐤 𝐨𝐟𝐟.

A última coisa que me lembro de ver, foram umas luzes brancas de um carro que chocou com minha moto preta.
Desde aí, tudo o que eu via se baseava em absolutamente nada e os meus pensamentos estavam automaticamente desligados.

𝘽𝙚𝙩𝙩𝙮:
Jughead estava certo, alguém como eu não merecia algo como ele.
Talvez eu devesse estar com ele e não com Reggie, talvez eu não quisesse Jughead apenas como um amigo ou lá o que nós éramos.

Sinto meu telemóvel vibrar em meu bolso e me apresso a atender a chamada de Veronica.

- Betty, preciso de sua ajuda- o seu tom de voz era preocupante, ela estava chorando.

- Veronica, onde você está? Que se passa?

- O Jughead está no hospital, venha o mais rápido que puder, por favor.

Eu desligo e me levanto rapidamente da mesa.

- Ei, onde vai loirinha?

- Reggie, me desculpa, Veronica precisa de mim.

Saio sem dar mais explicações mas ainda conseguia ouvir ele dizendo para eu voltar.
Entro no carro pressionado minhas mãos contra o volante e apertando o acelerador com meu pé inúmeras vezes.

Adentro o enorme edifício branco desesperada e encontro Veronica com as mãos apoiadas e com sua cara coberta por sua mãos. Ela estava sentada numa das dezenas de cadeiras azuis na sala de espera e sua perna batia inquietante contra o chão.

Chego perto dela e a abraço, tinha a certeza que aquilo era a coisa que ela mais precisava no momento.

Depois de a acalmar e tentar entender o que aconteceu, eu entro na sala, sozinha, onde no fundo dela, em uma cama de lençóis brancos, Jughead se encontrava deitado, com inúmeras máquinas ligadas a ele e o rodeando.

Flashbacks de quando meu avô estava assim aparecem em minha mente me fazendo chorar intensamente. Lembro quando minha mãe falava com ele, talvez eu devesse fazê-lo.

- Jughead- tento encontrar as palavras certas quase susurrando, mas todas elas me passam ao lado- eu não sei se você consegue me ouvir, mas eu preciso conversar com você.

Respiro fundo inúmeras vezes e pego a mão dele, encarando a máquina que correspondia ao batimento cardíaco dele eu me aproximo de sua face.

- Você é o tipo de garoto que todas as garotas sonham..e ter de conviver com você é bem difícil, mas acho que a minha vida não seria tão divertida quanto é se eu não tivesse você ao meu lado, embora a nossa relação seja de ódio puro, eu não acho que eu odeie você Jug...de todo. É tão bom saber que posso contar com você para tudo, ter você ao meu lado é ótimo
sabe..- lágrimas escorrem por minha face.- eu sempre tive e sempre terei um fraquinho por você Jughead, eu peço para você não me deixar, para não deixar Veronica, porque você ainda tem uma longa vida pela frente, seria uma pena se não aproveitasse.

Passo meus dedos entre os cabelos macios de Jughead, ele era tão lindo, tão calmo. Os nossos rostos estavam a centímetros de distância, até que, com um pequeno movimento que Jughead fez com a cabeça, deleta todo o espaço entre nós, ele estava ali, acordado, e me beijando.

Quando nos separamos eu olho em seu rosto, que contia os seus olhos esverdeados abertos e um sorriso sem mostrar os dentes em seus lábios tentadores.

- Fico feliz que você tenha
acordado- sussurro e me levanto, chamando Veronica.

Ela entra e vai direta a ele o abraçando de leve para não o machucar, e eu estava ali, encostada na porta e encarando o que eu tinha acabado de fazer, pensando no que eu tinha acabado de dizer.

Dormi com Veronica no hospital depois de mandar uma mensagem á minha mãe e de saber que os pais de Veronica estavam em uma viajem de trabalho.
Estávamos nas duas cadeiras azuis grandes ao lado da cama de Jughead, que teria alta amanhã felizmente não tinha sido nada de grave e ele poderia ir para a escola, estávamos de mãos dadas, Veronica, exausta, estava deitada com a cabeça em meu ombro dormindo, e eu encarava Jughead, que dormia também.

𝓕𝓸𝓻 𝓸𝓷𝓮 𝓼𝓸𝓷𝓰-𝓫𝓾𝓰𝓱𝓮𝓪𝓭  Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang