Capitulo 9

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Não existem pessoas perfeitas, não existem pessoas que são 100% boas ou más. Somos todos imperfeitos.
Porem somos nós quem decidimos o que queremos ser e nos tornar. Nós é quem escolhemos o caminho do bem ou o do mal.

 Nós é quem escolhemos o caminho do bem ou o do mal

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Mórdoc
Arkedor, Reino de Clamor

   Quando quatro dos mortos vivos, ficaram em cima de Mórdoc, entorpecidos por puro ódio, revelando uma pele podre e decrepta, corpos em fase de podridão. Mórdoc paralisado fechou os olhos e virou o rosto para o lado com medo da morte, e como reflexo criou uma bola de fogo, levantando a mão direito para o alto e os explodiu instantaneamente. Vários pedaços voaram pelo gramado seco.
     Ao se levantar percebeu que aquela noite em especial se alterou de um frio gélido para um quente demais para aquela época. Só então Mórdoc notou que o calor vinha de suas costas, das casas de Arkedor, em chamas.

     Ao tocar em sua cintura, reparou e amaldiçoou a si mesmo por não ter trazido a espada consigo, por não achar que seria necessária para a sua "fugidinha noturna". Ficou ainda mais enraivecido ao se lembrar que já não tinha mais uma espada, ela havia sido destruída por um pomposo lorde.
     — Pelos deuses, o que esta acontecendo. Tenho que achar Cólin, e meu pai — esses foram os pensamentos que vieram em sua mente fadigada.
Se não fosse um Degan, provavelmente teria morrido, essa foi a sensação ao olhar para os pedaços dos monstros chamuscadas pelo fogo.

   Ele se agachou e pegou uma das espadas enferrujadas que as criaturas carregavam, e ao ver diversos outros mortos próximos dele. Saiu correndo preocupado, por não saber se corria por sua vida ou pelo seu povo.

    Ao passar por um corredor fugindo de vários monstros que o perseguia, ele parou em uma das esquinas, e tentou controlar sua respiração e ao olhar para o lado viu, três mortos que o seguiam atacarem alguém que saia de casa com uma foice. Mórdoc arregalou os olhos ao ver Narc sendo agarrado por um deles, e tendo as tripas arrancadas em sua frente, até que seu corpo caiu ao chão sem vida.

     — Apesar de ser ranzinza, não merecia morrer assim — sussurrou ao passar pelo corpo do velho açougueiro, após seus assassinos irem atrás de outras vitimas. Ele viu o açougue onde comprava carne com frequência, em chamas. Fechou os olhos e seguiu seu caminho, com um gosto ruim na boca. Sabia que nada podia fazer, a não ser ir para casa para a proteção de seu pai.

     Mórdoc seguiu em frente, porém ele não poderia ser egoísta, pois era seu dever como filho do líder, proteger seu povo. Enquanto passava em frente da Igreja, Mórdoc teve uma ideia. Ele subiu as escadas apressadamente e ao chegar em seu topo, balançou a corda e fez ressoar o sino por toda Arkedor.

     O barulho era alto. Não o suficiente para acordar a pequena vila inteira, e sim pelo menos despertar alguns, poderia ajudar da sua própria forma.

Os Amaldiçoados - As Crônicas De GartheredWhere stories live. Discover now