Camilo - Ok.

Depois dele ter empurrado pela segunda vez eu já podia ver a cabeça do neném e pedi que ele empurrasse mais uma vez.

Ícaro - Vamos lá Camilo só mais uma vez.

Ele respirou fundo e fez força empurrando mais uma vez até que o pequeno bebê nasceu chorando e logo foi pego pelo Otávio e por uma outra enfermeira para ser seco e aquecido. É importante que o recém nascido seja seco e aquecido assim que nascer para não sofrer hipotermia, pois a temperatura do útero é por volta dos 37 graus já a da sala de parto chega a ser de 20 a 24 graus por causa do ar condicionado, eu cortei o cordão umbilical e o bebê foi pro colo do Camilo antes de ser levado para ser limpo, pesado e examinado e o Camilo iria precisar ser encaminhado pra alguns procedimentos antes de ser levado para o seu quarto também.

Otávio - Ufa, mais um parto bem sucedido.

Ícaro - Ainda bem.

Depois do parto eu troquei de roupa e me limpei para finalmente poder voltar pra casa já que naquele dia eu não teria trabalho no hospital, mas antes de ir pra casa eu decidi passar na casa da minha mãe, pois sabia que naquele horário eles estariam tomando café da manhã, minha mãe morava em um luxuoso condomínio de mansões junto com o meu avô Joaquim e meu irmão Théo. Assim que casamos a Verônica queria morar em uma casa nesse condomínio, mas eu não via necessidade de algo tão grande só pra nós dois, então comprei uma cobertura frente a praia que também era bem grande com a promessa que nos mudariamos para uma mansão depois que tivéssemos filhos. Depois de me identificar na entrada do condomínio a minha entrada foi autorizada e quem abriu a porta pra mim foi a Zezé, ela trabalhava lá em casa a quase 40 anos e ajudou meus pais a criarem a mim e ao Théo.

Zezé - Ícaro quanto tempo. Disse me abraçando.

Ícaro - Oi Zezé, também estava com saudades.

Zezé - Que bom que apareceu e pelo visto ainda lembra a hora do café da manhã dessa casa, tá todo mundo na mesa já.

Eu fui até a cozinha e me sentei junto com a minha família e com a Zezé que também comia conosco.

Branca - Que bom que apareceu meu filho já não era sem tempo.

Théo - Conseguiu se desprender das garras da bruxa má?

Branca - Não fale assim da sua cunhada Théo.

Ícaro - Eu tive um parto pra fazer agora de manhã e aproveitei pra vir tomar um café aqui com vocês e depois eu vou pra casa, a Verônica deve estar dormindo ainda.

Joaquim - Dormindo? Já vão dar 9 horas.

Théo - Esqueceu que aquela lá não tem nada de melhor pra fazer.

Branca - Théo pra quê essa implicância com a Verônica? Ela é casada com o seu irmão a 10 anos, é uma menina elegante de uma família influente.

Théo - Você sabe como eu sou mãe, não consigo fingir gostar das pessoas quando eu não gosto.

Joaquim - Sincero como uma criança.

Théo - Tá aí, deve ser por isso que eu virei pediatra.

Meu irmão Théo tem 28 anos e é pediatra no hospital, ele também tem 10% das ações da nossa rede de hospitais, a minha mãe Branca é dermatologista e também herdou 10% do hospital do meu pai Reinaldo Fernandes e eu fiquei com os 80% do hospital, meu avô materno Joaquim já tinha 80 anos e trabalhou por muitos anos como desembargador, porém hoje em dia estava aposentado, mas ainda me ajudava as vezes na parte jurídica do hospital.

Nós conversamos sobre outros assuntos naquela manhã e então eu me despedi deles e fui pra minha casa, onde a Verônica estava na sala tomando champanhe e andando de um lado pro outro aparentemente nervosa.

Ícaro - Bebendo logo pela manhã?

Verônica - Agora você sai assim na calada da madrugada.

Ícaro - Teve um parto de emergência, acabei tendo que ir pro hospital e de lá eu aproveitei pra ir na casa da minha mãe.

Verônica - Falando assim parece até que você é um simples médico e não o dono do hospital!

Ícaro - Não é por ser dono que eu não vou me envolver na parte médica, você sabe muito bem como eu sou.

E daí nós começamos uma discussão pelo simples fato de eu ter saído de manhã cedo pra fazer um parto, até que eu decidi ir embora.

Ícaro - Cansei disso. Digo procurando as minhas chaves.

Verônica - Vai fugir? Típico de você!

Ícaro - Tô cansado dos seus chiliques. Digo pegando a chave do carro e indo embora.

Eu dirigia o meu carro nervoso e mal ví quando um menino atravessou a rua correndo e meu carro acabou o acertando.

Eu desci do carro e corri pra checar os sinais vitais dele e fiquei encantado com aquela beleza angelical. Por sorte ele não tinha quebrado nada e estava vivo, só desmaiou com o impacto, eu o peguei no colo e depois de o colocar no banco de trás do meu carro e o levei pro meu hospital e o clínico geral, meu amigo Pietro que estava de plantão foi quem o atendeu. Eu peguei um dos documentos dele no bolso de sua calça e ví que ele se chamava Vitório e tinha 23 anos, apesar de aparentar ter até menos.

Pietro - Ele tá fora de perigo já está até acordado e parece que você terá um novo paciente.

Ícaro - Como assim?

Pietro - O Vitório está grávido de quatro semanas.

Continua...

Olá pessoal, muito obrigado a todos e espero que tenham gostado do capítulo. Não se esqueça de deixar seu voto pra ajudar a história. Beijão a todos e até o próximo capítulo.

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Doutor ÍcaroWhere stories live. Discover now