A guerra mundana

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Angelo, simplesmente desesperado, ligou para a mãe. Ela não atendeu. Ele começou a entrar em pânico. Meu pai, foi até a casa dele para averiguar.
30 minutos depois, ele voltou. A mãe do Angelo estava envolvida pelos bravos do meu pai, morta.
-Vocês vão agora para o porão.
Sem hesitar, fomos correndo para o porão. Angelo, coitado ,estava se desmanchando aos montes pela morte da mãe.
Lá no porão, havia uma grande porta brilhante, laranja, como lava. Do lado tinha um pequeno carrinho como os que se via na montanha russa.
-Entrem.
E subimos no carrinho. Por magia, ele ligou e nos lançou em direção ao portal. Atravessamos uma camada de lava mas claro, com uma bolha de proteção ao redor do carrinho.
-Para onde vamos?-Perguntei.
-Para o submundo.-Nesse momento meu queixo foi até os pés.
-Para que parte exatamente?-Disse o Angelo.
-A ala VA456pi.
E o resto se seguiu em silêncio.
Chegamos no fim do percurso. Neste lugar era como uma montanha que se encurvava, e engolia o céu como uma jibóia engolindo sua vítima.
Nessa montanha existia várias casinhas como pequenas palafitas.

Subimos a montanha até a maior e mais bonita casa. Meu pai ja tinha a chaves então só foi ele simplesmente abri a porta.

Entramos no suposto lugar onde iriamos ficar até a "guerra" lá fora acabar.

-Pai...-Começei.- E agora o que vai acontecer...

-Bom... vou ter que voltar para lutar, e você ira ficar aqui junto com a minha mãe e seu primo.-Primo?! Eu já sabia que ia ter uma avó, mais primo eu já não sabia.- Eu e meus irmãos vamos subir pra lutar... se eu voltar quando a guerra acabar você e o Angelo podem voltar para casa.

Em silencio, subi as escadas junto com o Angelo e o meu pai, que davam num corredor pintado de amarelo com detalhes de flores e videiras pintadas a mão. Existiam seis portas no corredor. O Angelo foi para a primeira, e eu fui para a ultima porta. O lugar não era muito diferente do meu quarto. Só não tinha o xbox e o computador. Mas a cama e as almofadas são iguais, as estantes de livros que agora aumentaram de tamanho, com seu formato octogonal tomando toda a parede. O guarda roupa tambem...

Arrumei minhas coisas e sai do quarto em direção a escada quando alguem me puxou para dentro do segundo quarto. Um lugar com as paredes escuras e o papel de parede arranhado, uma mancha escura no chão e tudo estava bagunçado. quando olhei para a cara...

-Ainda lembra de mim?-Ele diz.

-Você... eu achei que você tinha morrido...

-Mas não morri.

Claro. Já se passou um bom tempo mas eu ainda lembro...

"Ele se matou para proteger a mim e a minha familia, quando ele se declarou para mim, eu tive de mata-lo mais esse trabalho para mim nem foi nescessario já que  ele mesmo pegou uma faca e se golpeou no coração."

-Miguel...

-Sim, pelo menos lembrou meu antigo nome. Agora me chamo Tom. Tomas na verdade mas me chame de Tom.

-Ma mas como você esta aqui se eu VI que você enfiou a faca no propio peito?

-Simples. Seu tio me resgatou e trocou meu coração pelo coração de um demonio do submundo.

AQUILO já estava critico. COMO Alguem podia trazer do além uma pessoa com um coração de um demonio? Me apressei e consegui ultrapassa-lo. Sai daquele quarto e fui em direção ao do Angelo. Se eu pudesse tremer estaria tremendo.

Bati na porta dele desesperadamente. Quando ele abriu me joguei lá dentro.

-Você NÃO vai acreditar.-Falei para o Angelo.

-O que? Me conta vai.

-Lembra da minha historia? O tal do ritu de passagem? Que teve aquele garoto que se matou por mim?

-Sim, sim o que tem?

-ELE VOLTOU E AGORA ELE É MEU PRIMO!

-AAAAI NÃOO.-Vi algo passar pelos olhos dele. Acho que cíumes.

Coloquei a mão na sua mandibula e comecei a acariar lentamente. Tem algo no Angelo nque eu adoro, não sei o que é, só sei que gosto dele de verdade. E dessa vez, é bem mais forte do que eu sentia pelo Miguel.

-Calma -Falei.- Não é porque ELE chegou que eu vou te abandonar. Eu te amo, e não vai ser esse banana que vai nos separar...

-Certeza disso? Porque não quero te perder...-Ele põe a mão na minha.

-Nem eu.- então eu dou um passo em sua direção e o abraço. Ele da um beijo na minha cabeça e ficamos ali, abraçados como se nada fosse nos separar.

                      Seis anos depois...

O tempo passou. Meu pai ainda não voltou da guerra e nem nenhum dos meus tios. Estou noiva do Angelo. Vamos sair da casa da minha avó, até que ela era legal. Uma mulher nova mas com 347 anos, longos cabelos negros e olhos verdes e imensos.

Até que já acostumei com o submundo. Não é tão ruim depois que você se acostuma. Nossa casa é na superficie. Ou seja, no mundo humano. Em New York perto da estatua da liberdade. Estavamos tentando viver uma vida humana, normal. Então nos registramos. Eu fiquei como Lara Santiago Robert e o Angelo ficou como Angelo Robert Treene.

Como vampiros NÃO podem ter filhos por ja estarem mortos, decidimos adotar um garotinho, demos a ele o nome de Kevin. Estavamos preucupados, pois a guerra entre humanos e vampiros ja vinha durando seis anos no Estado de Ohio e vinha avançando pela Pensilvânia. Logo, logo chegava em new york e iamos ter que tomar medidas extremas para sairmos daqui.

Se o governo descobre que somos vampiros vão nos matar. Estamos tomando cuidado, dizemos que viemos da Nova Zelandia, e que não nos acostumamos com o fuso-horario e etc.

O Kevin é mesmo uma gracinha, ele tem dois anos e é super doce, tem os olhinhos puxados para parecer um pouco com o Angelo, e tem os cabelos negros iguais ao meu, ele é moreninho e recentemente descobrimos que ele tem problema de visão então ele usa um oculos.

Ainda me preucupo com meu pai, ele ainda não voltou e pra piorar o Tom vem aqui em casa todo mês para me encher o saco. Diz que é nossa culpa pelo o meu pai e meus tios terem ido para guerra e bla bla bla.

Estamos conseguindo viver normalmente, graças o frio de New York, andamos com o corpo todo coberto por agasalhos e quase não há luz do sol. Claro que o Kevin não sabe. Ele acha que o sangue que nos bebemos é um tipo de suco que só adulto pode tomar... 

Vai ser longos anos... ou melhor, uma longa eternidade...

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