CAPÍTULO QUATRO

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Confinada a suíte de Rock, me posto na varanda por horas afim,  esperando-o retornar

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Confinada a suíte de Rock, me posto na varanda por horas afim,  esperando-o retornar.
E, chegando o entardecer, cercada de tantas preocupações, tento me concentrar com lindo pôr-do-sol, abaixo do céu  tingido de vermelho e laranja.
Solto um suspiro,  cheio de melancolia, enquanto aprecio o horizonte que, mais parece uma arte divina. No entanto, nem mesmo o belo cenário é capaz de me acalmar. Agitada,  verifico meu relógio no pulso pela milésima vez. Nesse instante os ponteiros caminham para  seis horas. Mas a impressão é  que o dia se arrastou. Devido à isso, senti a tensão e a ansiedade chegando ao extremo do que posso suportar. Meus nervos estão em pedaços  e para piorar meu estado, duante todo o dia não parei de reviver os acontecimentos da noite passada. Todo o episódio voltando em minha mente numa sequência interminável e perturbadora;o tiroteio, a morte de Lorenzo, encerrando-se com o acidente fatal.

Por mais que eu lute para apagar as imagens terríveis da memória, é inútil.
Desde o começo, eu estava com mau pressentimento sobre o baile. Não sei, mas algo me alertava sobre aquela noite. Estava tão empolgada que não dei a atenção devida à minha intuição.
No entanto,  penso que não tenho nenhuma responsabilidade sobre as atitudes dos outros ou o destino de alguém, embora em certos aspectos eu me culpe pelo que aconteceu.
Em primeiro lugar, eu não devia ter concordado com o plano de Petra. Em segundo lugar, deveria ter desmentido a invenção de que eu e Rafael éramos um casal e por último, jamais deveria ter retornado ao salão. O que eu poderia fazer naquele momento? Nada!
Fecho os olhos, sentindo a brisa refrescante balançando meus cabelos, respirando levemente tento afastar as dúvidas e os temores. Mas o desanimo e a desesperança voltam a me afligir.

Minutos depois, uma pouco mais recomposta, enxugo as lágrimas, ao escutar mais uma vez, o ruido da porta sendo aberta. Se não me engano, esta é a quinta vez.

Não preciso virar para saber que a governanta está de volta mais uma vez. Se não me falha a memória, está é a quinta vez. E, para não perder o costume fará a mesma pergunta das últimas sete horas: "A senhorita não quer comer alguma coisa?". Mas antes que ela faça a pergunta, aviso irritada:

--Já disse que não estou fome, senhora Estela!

-- Não me diga que está em greve de fome? -- A voz profunda e sonora ecoa pelo ambiente, causando violentos tremores pelo meu corpo.
Lentamente, giro o corpo e encaro o homem a alguns centímetros de distância, me examinando. A força do olhar dele é tão intensa, que miseravelmente, sinto-me frágil.

--Estela me informou que você passou o dia todo sem se alimentar --diz aproximando da varanda.

Puxo a respiração devagar.

-- Um pouco dramático não acha? -Ele adiciona sarcástico, me analisando com olhos inquisidores. Em seguida, chegando à varanda com as mãos dentro dos bolsos da calça jeans escuro, numa postura relaxada e elegante se aproxima de mim. Os olhos sempre fixos no meu rosto. Mesmo com semblante abatido, sua altivez e arrogância predominam.

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