thirty three

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Corbyn Besson
Califórnia, LA

Eu estava jogado no sofá da casa de Daniel, que apesar te tudo que ele tivera feito para sair com a Liz- pois não sabia que já estava saindo a mesma, afinal nossa relação nunca foi das melhores- ele continuara a ser meu melhor melhor amigo.

Eu estava deitando, olhando para o seu teto, sem nenhuma expressão, pequenas lágrimas escorriam ao braço do sofá, e eu estava lá, parado na mesma posição desde a hora que cheguei.

Daniel sabia que eu precisava de ajuda, mas não queria invadir o meu espaço. Era o tipo de amigo que sabia a hora exata de agir, o que eu agradeço muito, pois naquele momento minha única vontade era de chorar, me sinto um idiota chorando desse jeito, era ridículo o quanto uma garota dominava meus sentimentos, eu sou patético.

Sou patético por me permitir sentir isso por alguém que eu odiava abertamente, sou patético por ignorar todas as minhas contraindicações, e mesmo assim me apaixonar por ela, sou patético por ter ficado tão eufórico com a volta da minha ex, esquecido de dar a devida atenção a minha namora e ter a deixado de escanteio de certa forma, sou patético por me sentir uma criança chorando por uma garota que havia acabado de terminar comigo sem ao menos olhar para atrás.

Eu me sentia péssimo! Por um lado sei que me exaltei na animação de estar com a Christina novamente na cidade, mas olhando de outro ponto de vista, era tudo uma questão de conversa, e que poderia facilmente ser resolvido sem que tudo acabasse desse jeito. Eu tento entender o lado dela, mas não posso deixar de entender o meu também...

Já tive outros relacionamentos antes, isso é um fato. Alguns que duraram muito como com a Christina, alguns que não viraram algo sério como com a Amber, mas nenhum tão intenso quanto o que eu vivi ou estou vivendo com a Elizabeth. Eu pulsava de felicidade só de ouvir seu nome, eu poderia facilmente ficar dias em sua casa assistindo seus filmes horríveis, com seu cremes em meu rosto, só para ver ela feliz.

Eu jamais sentira algo tão forte quanto isso que eu sinto por ela. Não era paixão, pois vai além de uma atração carnal, era amor! O que pra mim era difícil admitir, afinal, amor é uma palavra muito forte, que só deve ser dita com certeza.

Eu a amo tanto que mesmo ela terminando comigo a sangue frio, eu continuava a idealizando como a pessoa mais perfeita que eu já havia me envolvido.

Novamente, eu sou patético.

Daniel se senta na parte que sobrara do sofá, me fazendo limpar meu rosto e me sentar ao seu lado.

- Acho que tá na hora de você falar alguma coisa cara, tá me assustando você chorando sem parar e olhando para o teto. Digamos que você é a pessoa mais bonita do mundo quando está deprimido- esse foi a primeira vez que eu ria desde o ocorrido.

- Você é idiota- balanço a cabeça negativamente.

- Eai? vai me contar ou não?- o garoto de olhos azuis me encarava esperando uma resposta.

- Elizabeth terminou comigo, hoje- falo encarando minhas mãos.

- Mas por que ela faria isso? você é o namorado perfeito, até eu queria te namorar- o mesmo diz me tirando outro riso.

- Talvez fosse inseguranças, talvez ela estava cansada de mim e achou aquele momento oportuno para um término, talvez seu ciúmes estava gritando em sua cabeça ou talvez ela tenha conhecido outra pessoa e não teve coragem de me contar.

- São muitos talvez e nenhuma certeza, mas obviamente que o cansaço e outra pessoa em jogo, não estão em pauta, para de ser louco.

- A minha cabeça não processa a ideia de que para ela o término foi a melhor opção. Tinha jeitos melhores de resolver isso, ela é tão egoísta, que nem pensou como eu ficaria nessa história.

- Todos nos somos egoístas em alguns momentos, mas isso não signifique que não gostamos, e sim que estávamos tentando nos proteger.

- Mas por que ele iria querer se proteger de mim? Eu sou- dou uma pausa- eu era namorado dela, isso não tem sentindo algum.

- Não adianta você ficar se remoendo, tentando encontrar razão para que aconteceu, vocês tem que sentar e conversar.

- Eu fui sentar e conversar e agora estou solteiro, não acho que essa seja a melhor das opções.

- Eu não disse que vocês devem conversar agora, e sim que devem conversar- era incrivelmente chato o fato dele ter razão- ela deve estar sentindo sua falta também, afinal, vocês namoraram por oito meses, é difícil não sentir falta.

- Duvido muito, ela quem quis terminar...

- E o que isso tem haver? Só por ela terminou com você em um momento de raiva, não signifique que ela não te ame.

- Nossa, que jeito diferente de demonstrar amor, não é mesmo.

- Para de tentar arranjar soluções para o que aconteceu e curte seu luto, você precisa desse tempo e chorar faz bem- o mesmo se levanta do sofá- quem sabe, mais pra frente vocês possam se resolvam.

Ele tinha total razão, o que adiantaria eu ficar procurando razões para esse término, sendo que nós nem conversamos. Era inútil me maltratar desse jeito.

Olhei para o ecrã do meu celular que avisava a promoção de alguma loja na qual eu não prestei atenção e vi minha foto e a dela de fundo, pensando instantaneamente o que será que ela deve estar fazendo agora.

Patético.

•==•==• NOTES

eu dormi e acordei agora, 2:22 da manhã
preciso urgentemente regular meu sono. foi por isso que eu não postei antes, desculpa bebês

to com muita dó deles gente

i hate you ✧ c. besson {concluída}Where stories live. Discover now