three

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Elizabeth Moore
California, LA

- Para de me olhar, eu em.

- Acredite, não é algo que eu estou gostando também.

Estavamos em um silencio ensurdecedor, nós dois nunca tinhamos ficado mais de alguns minutos no mesmo ambiente, sozinhos. Que ideia mais idiota da Ashley de nos trancar aqui ate nos resolvermos, todos sabem que isso nunca vai acontecer.

Quando nós eramos pequenos, eu até tentei gostar do Besson, mas ele sempre foi um cretino, então meio que nos acostumamos a não nos gostarmos.

Ele não parava de me encarar, estava começando a me sentir desconfortável com toda essa atenção forçada.

— Por que você me odeia tanto? — o garoto dispara sem aviso prévio.

Comecei a encara-lo confusa, não achei que precisasse explicar o óbvio.

— Só pelo fato de você ser você, já é um motivo bem valido.— o olho com tédio.

— Fala logo sua estúpida— ele cruzados braços.

— Besson, você realmente está me perguntando isso?— o olho incrédula — Ok, então lá vamos nós — dou um suspiro— Você sempre foi esse garoto arrogante, que acha que tem o rei na barriga, mas na verdade não é nada. Você pensa que todos tem que se curvar e adorar você, mas eles não tem! Eu não suporto esse seu jeito, eu não suporto as suas manias, eu não suporto nem a maneira que você respira! — dou um suspiro — Satisfeito?

— Olha, você é louca! Eu nunca te fiz nada, sempre tentei nos aproximar, mas você e esse seu jeito esquisito sempre me afastaram.— ele se aproxima de mim— Eu juro que em uma certa época, eu tentei ser legal, te tratar bem, fazer você ver que eu queria que fôssemos próximos, mas você não cooperava, e na verdade quem é a arrogante da história é você!

Nunca havia percebido que ele fez questão de mim, talvez eu estivesse tão focada em manter a nossa briga que nem reparei que poderia ter acabado com ela de vez.

– Agora não faz mais diferença, nos crescemos assim e acho que certos hábitos não mudam– falo tentando não perder a postura que havia criado durante todos esses anos– Mas me desculpa, não sabia dessa sua intenção– tento transparecer indiferença, mas acho que meu tom de voz entregava que eu estava me sentindo culpada por ter estendido essa briga por tanto tempo.

— Não precisa se desculpar, você não costuma brigar sozinha— ele coça a nuca envergonhado.

Corbyn me olhava, mas pela primeira não era com desprezo ou sátira, ele me encarava sério, como se conseguisse ver a minha alma através dos meus olhos. Ele estava mais próximo que o convencional, estávamos centímetros de distância, eu conseguia sentir a sua respiração descompassada e seu coração acelerado. Ele colocou uma de suas mãos no meu rosto e veio se aproximando seus lábios para mais perto dos meus, eu estava me deixando levar, pela tensão do momento pos reconciliação.

— Você está ficando louco? — o empurro para longe de mim.

— O que foi sua maluca? — ele pergunta confuso.

— Serio Besson? É só eu falar umas palavras mais amigáveis que você realmente acha que eu quero te beijar igual todas aquelas garotas do colégio?

— Mas você queria mesmo, você deixou eu me aproximar — ele diz me encarando irritado.

— Não, eu não queria, simplesmente estava tentando ser legal com você, mas seu ego é tão grande que você não sabe diferenciar isso!

— Você tem problemas, isso sim.

— Vai tomar no seu cu, seu garoto ridículo e mimado.

— Vai você, sua garota arrogante e estúpida.

Corbyn conseguiu estragar tudo, como sempre. Ele é nojento, sempre foi e sempre será assim, nunca vai mudar.

Vou até a porta e começo a bater desesperada na mesma.

  –Ashley, abre essa porta agora — grito— Eu não estou de brincadeira, abre essa merda.

Assim que eu terminei de gritar, ela destrancou a mesma.

— Eai? se resolveram? — ela pergunta empolgada.

— Se você fizer isso de novo, eu que nunca mais falo com você— a encaro furiosa e começo a correr pra fora da minha casa.

Meu deus, a que ponto eu cheguei, ter que correr para fora da minha própria casa.

Que conversa idiota, eu sabia que isso não daria certo. Sabia que seria uma pessoa ideia e poderia até piorar as coisas, e realmente piorou, pois agora eu estou me sentindo mal e nem entendo o por que de estar assim.

Esse idiota não tinha o direito de me deixar assim.

Ele não pode simplesmente falar algumas coisas legais e achar que eu estou aos seus pés.

Sabe quando você começa a se sentir culpada, mas não deveria? É exatamente assim que estou. Não beijaria o Besson nem se a humanidade precisasse disso para ser salva. Além de eu não suportar olhar para a cara dele, não é do meu feitio me tornar mais uma daquelas meninas que ele pega, faz o que quiser, e depois finge que não sabe nem o nome.

Eu odeio me sentir perdida e vulnerável, era a pior sensação do mundo.

i hate you ✧ c. besson {concluída}Where stories live. Discover now