Capítulo 08 🌺

5.9K 506 65
                                    

Maratona 1/5

UM MÊS DEPOIS...

TAINÁ ❣

Hoje completam 5 meses que eu e o Diego estamos ficando e acabo de completar 3 meses de gestação.

Sei desde o primeiro mês, mas optei por esperar a fase de risco e me certificar de que tudo está bem para poder contar para o Diego, toc’s de quem estuda medicina. Então, sai do pré-natal direto para a escola que o Diego trabalha, queria surpreende-lo e já cheguei na hora da saída.

Por sorte, não precisei esperar, ele estava conversando com um aluno e quando me viu tomou um susto, pediu licença e se aproximou de mim.

Diego: Perdida por aqui?! — Disse me dando um beijo no canto da boca —.

Tainá: Só deu saudade! Vamos almoçar juntos?!

Diego: Partiu! Eu estou cheio de fome. Vamos de moto.

Eu apenas concordei, segui até onde a moto estava estacionada, peguei o capacete, coloquei e subi na moto e ele logo deu partida até uma rua que tem diversos restaurantes.

Escolhemos um self service e fomos logo nos servir e quanto mais perto se aproximava, mais nervosa eu ficava. Então, após nos servimos, nos sentamos e antes de começarmos a comer, eu segurei a mão dele, o impedindo de começar a comer.

Tainá: Antes, eu preciso te dizer uma coisa...

Diego: Lá vem... — Ele disse revirando os olhos —.

Tainá: Eu estou grávida!

Diego: Esse filho não é meu!

Tainá: Ah não, Diego. Eu fiz sozinha, fiz com o dedo.

Diego: Não é meu, porra! Meu único filho morreu há 5 anos — Ele disse com lágrimas nos olhos, mas com a expressão tomada pela raiva — Garota, nunca mais me procura, achei que tu fosse fechamento e que pudéssemos levar nosso lance pra frente mas você não passa de uma puta.

Ele levantou e saiu sem nem olhar para trás, eu abaixei a cabeça, levei as mãos na barriga e comecei a chorar, mas peguei o telefone e liguei para minha melhor amiga, a única que sabia da minha gravidez e ela enlouqueceu no telefone. Me pediu para comer que ela já estava vindo me encontrar.

Foi o que eu fiz, pensei só no meu filho e não demorou muito ela chegou.

Thaíssa: Vamos agora no escritório onde meu pai trabalha, você vai abrir um processo contra esse filho da puta.

Tainá: Não... Calma...

Thaíssa: Calma o caralho, você não é bagunça! Vamos.

Ela me puxou e me fez entrar no carro em direção ao escritório.

Chegamos em menos de 5 minutos, ela estacionou o carro e nós fomos.

Ela conversou rapidamente com o pai sobre o assunto e nos indicou uma advogada.

FERNANDA 🌷

Um mês desde a minha volta para o RJ e a minha vida, graças a Deus, está fluindo de uma forma surpreendente.

Difícil tem sido eu parar um final de semana em casa, voltei para a academia, comecei a minha especialização e comecei a trabalhar num escritório que na verdade é coworking de advogados, cada um em uma área.

Um ambiente leve, completamente descontraído, sem ninguém passando por cima de ninguém.

Plena quarta-feira a tarde e eu ainda não tinha almoçado, a minha mente já estava pensando num cheddar do burguer king até que volto a minha realidade com o Jair surgindo na minha mesa com duas meninas do lado.

Jair: Fernandinha! Essa aqui é a minha filha Thaíssa e essa é a amiga dela Tainá. As duas tem um caso para você.

Ele se despediu da filha e eu levantei para cumprimentar as duas, cumprimentando a mão de cada uma e logo voltei a me sentar, elas também se confortaram e começamos a conversar.

A minha possível cliente será a Tainá e ela começou a me explicar o caso dela, imediatamente um filme começou a passar pela cabeça.

Foi difícil me segurar para não chorar, mas estava ali como uma profissional.

Tainá: O pior é que ele sabia que eu só ficava com ele, que durante todo esse tempo, ele expôs cada mulher que ele ficava e ainda sim permaneci ao lado dele. Que mulher faz isso?! Eu estava amando, a minha filha é a maior prova disso.

Fernanda: Acredite, Tainá, eu entendo perfeitamente o que você está passando. Porém, eu não tive ninguém que fizesse isso por mim, mas de hoje em diante, eu estou aqui por você e pela sua filha. Você não vai passar por nada de ruim.

Thaíssa: Mas é possível abrir um processo?! Tem como foder com a vida desse filho da puta?!

Fernanda: Sim, claro que tem. Eu entrarei com a petição de alimentos gravídicos e se a causa for ganha, ela começará a receber pensão. Além dos danos morais, psicológicos causados pela violência verbal. Eu só preciso que você me passe cada prova que você tem, dos seus exames sobre a saúde da gestante e do feto. Tudo que você achar, me passa, tudo mesmo. Quanto mais provas reunirmos, melhor. Tainá, você tem os seus documentos aí para que eu possa emitir o contrato e darmos entrada no processo?!

Ela concordou e começou a me passar tudo, enquanto eu montava o contrato, começamos a falar de valores e começamos a acertar tudo, até que chegou o momento do réu.

Diego Lima de Andrade!

Foi difícil esconder qualquer expressão, mas aquele nome caiu como uma bomba.

Durante todos esses anos, ele não aprendeu, não mudou, não evoluiu...

Eu não vejo ele desde o dia em que ele me expulsou de casa e agora vamos nos encontrar no tribunal, isso me deu um arrepio na espinha tremendo. Porém, me mantive séria e após assinarmos o contrato, passei o meu telefone e email para Tainá para que ela possa me enviar todas as provas, cada documento solicitado para ser anexado junto ao processo.

Flor que se cheiraWhere stories live. Discover now