155 [Morro]

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▪︎ RATO ▪︎

Olhei pra cara dela serin e me ajeitei na cadeira, mandando ela repetir oque tinha acabado de falar.

Brenda: Eu tô grávida de um filho teu, Rato - Espremi os olhos e cai na gargalhada. Ri com vontade mesmo, até ficar sem ar. - Parece ser engraçado, mas quero ver quando sua mulherzinha ficar sabendo disso.

Ela ia saindo, mas puxei seu braço fazendo ela parar.

Rato: Tá maluca? - Ela sorriu, tentando me beijar e eu empurrei ela. - Tem mais de dois meses que a gente não transa.

Brenda: Mais de dois meses? - Riu. - E as escapadas que você deu, lindo? - Balancei a cabeça, lembrando das pulada de cerca que eu dei. - Eu tô grávida de três meses, gato. Não fiz filho com meu dedo não - Bufei soltando ela. - Você acha que eu queria isso?

Rato: Você quer que eu te responda? - Ironizei. Ela riu, sentando de novo. - Tu tem certeza que essa criança é minha?

Brenda: Se eu não tivesse certeza você acha que eu estaria perdendo meu tempo aqui?

Rato: Sim - Ela revirou os olhos. - Vou te mandar o papo. Se tu tiver mentindo, eu vou te matar sem dó nem piedade.

Brenda: Quer fazer teste de DNA? Se for o caso nós vai no postinho agora mesmo, Rato.

Rato: Precisa não, pô. Tu falou, tá falado. Vou confiar na tua palavra - Levantei indo pro lado dela. - Mas bota na mente essa parada que eu te falei... se for mentira e eu descobrir, tu tá fodida.

Brenda: Não precisa repetir, lindo - Sorriu. - Quem conta? Eu ou você?

Rato: Quem apanha? Ela ou você? - Brenda fechou a cara e eu peguei minha arma saindo dali. - Depois a gente conversa melhor sobre.

Sai dali martelando aquela merda. Como que eu ia contar pra Maria que eu tinha engravidado a Brenda? Mermão, eu tô mais que fodido.

Peguei a Brenda no máximo três vezes depois de ter oficializado as coisas e porra, me arrependo pra caralho.

Mas oque eu podia fazer? A carne é fraca, irmão. Buceta que vem pra mim é lucro. Brenda gosta de me provocar e eu cuzão cai na onda.

Sei que tô no erro e que Maria não vai me perdoar. Mas se bem que oque os olhos não vêem, o coração não sente.

Parei no bar da cinco e vi RD bebendo sozinho, enquanto olhava pro nada. Puxei uma cadeira e ele nem me olhou.

Rato: Qual foi irmão?

RD: Eu sou um cuzão.

Rato: Eu sei - Ri e ele mandou dedo, fechando mais o semblante. - Raissa de novo? Por que tu não vai pedir desculpas?

RD: Tamo falando de uma adolescente emocionada de dezessete anos, William.

Rato: E é a adolescente emocionada de dezessete anos que tá te deixando de cabeça quente e puto com a vida - Ele negou bebendo a cerveja.

RD: Tu acha que é só chegar e pedir desculpas que tudo vai voltar a ser como antes?

Rato: Tô falando pra você tentar resolver as coisas antes que ela vá embora - Ele me olhou sem entender e eu já tentei trocar de assunto.