Capítulo 9

8.1K 1.7K 682
                                    


A Fazenda Baldez é aqui? Se for, avisa pra todo mundo que cheguei com capítulo novo! 

Só queria dizer que leio todos os comentários e vi muita gente me pedindo um livro do Caio. Esse homem é tudo, né? Se ele souber desse sucesso todo, vai ficar se achando o último Bis do pacote! Kkkkkkkk. Também amo muito esse advogato! 

Vamos para mais um capítulo, porque vocês merecem! 

Um beijo <3 

 Depois que Caio foi embora, ocupei-me com as tarefas da fazenda e pedi para que Cissa acompanhasse Gabriela até o hospital

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

 Depois que Caio foi embora, ocupei-me com as tarefas da fazenda e pedi para que Cissa acompanhasse Gabriela até o hospital. Depois da nossa discussão na sala, não sabia como deveria estar o seu humor, mas tinha plena consciência de que o meu estava péssimo, por inúmeros motivos.

Pela manhã, acordei com a lembrança do que havia acontecido naquela madrugada. Presenciar aquele momento frágil de Gabriela, estar ao seu lado, dar suporte, tê-la em meus braços, foi algo que nunca imaginei que pudesse acontecer. Claro, nossa relação era boa, às vezes ela me acompanhava durante a tarde quando eu ia ver os cavalos que ficavam nas baias mais afastadas, jantávamos juntos, conversávamos, mas nunca havia ultrapassado esse limite — e eu pretendia que continuasse assim — até vê-la naquele estado.

Eu estaria mentindo se dissesse que faria o que fiz por qualquer outra pessoa. Não que eu fosse um homem ruim, mas ficava extremamente desconfortável em situações em que tinha que confortar alguém. Era muito prático e preferia mil vezes ajudar uma pessoa com trabalho físico do que com toques exagerados, mas, naquele momento, a única coisa que eu queria fazer era colocá-la em meus braços e deixar que desabafasse pelo tempo que precisasse. Essa constatação me manteve acordado por mais algumas horas na cama e continuou martelando em minha cabeça depois que acordei.

Queria entender o porquê. Poderia pegar aquele momento e levar para um lado mais fraternal ou concluir que era isso que eu queria que fizessem por um filho meu, mas estaria sendo hipócrita. Não a consolei porque a enxergava como uma filha, nem sequer pensei nisso. A consolei porque algo dentro de mim me impeliu a isso. Não me arrependia, mas isso não queria dizer que minhas emoções não estavam confusas.

Passei o resto da manhã tentando deixar tudo isso de lado, até outra situação me incomodar. Essa, na verdade, nem deveria ser um motivo para incomodo, mas me peguei muito irritado quando vi Gabriela ao lado daquele garoto. Eu a observei discretamente enquanto corria com pressa para perto do cercado, usando um short jeans curto, tênis e uma camiseta que desenhava o corpo e precisei me obrigar a parar de olhar e dar atenção a Mário, meu veterinário, mas não consegui ficar muito tempo sem colocar os olhos sobre ela e, assim que a vi, ela estava sorrindo e apertando a mão de Luan, que olhava para ela como se fosse um cachorro cheio de sede, quase babando.

A primeira coisa que veio à minha cabeça, era que ele era muito abusado para olhar para ela daquela forma, bem na minha frente. Então, me dei conta de que ele não estava fazendo nada demais, só admirando uma garota que tinha idade para ser sua namorada e foi isso que me deixou mais chocado. A constatação de que eles tinham, praticamente, a mesma idade. Ele podia admirar a beleza dela, eu não. Ele podia sorrir para ela daquele jeito, eu não.

À Sua Espera - DEGUSTAÇÃOWhere stories live. Discover now