Capítulo 6

9K 1.8K 670
                                    


Brasil, cheguei! E cheguei feliz demais, porque batemos 10k de leituras! Tem como ficar mais alegre do que isso? Tem sim! Avisando que teremos maratonaaaaa! 

Claro que vou lançar um desafiozinho ao final de cada capítulo, mas eu sei que vocês vão bater todos, porque os meus leitores são perfeitos! 

Só posso adiantar que o capítulo de hoje é uma delicinha... Para quem gosta daquela aproximação entre os personagens, vai amar! 

Um beijos e bora ler! <3 


Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.


Não era do meu feitio acordar tão cedo. Geralmente, eu só despertava por causa do alarme do despertador, mas com tudo o que vinha acontecendo em minha vida, o sono era algo que estava se tornando dispensável. Era quase sete horas da manhã quando levantei da cama e afastei as cortinas para que a luz do sol iluminasse o quarto. Ainda não tinha parado para observar a paisagem dali, mas era lindíssima. A suíte que eu ocupava dava para a lateral do casarão e, da janela, eu conseguia ver não só a fazenda, como os morros altos e verdejantes. Por um instante, consegui sentir que parte da minha preocupação estava cedendo e respirei fundo, sentindo o cheiro de terra que eu tanto amava.

Minha adaptação em São Paulo foi difícil justamente por sentir tanta falta desse ar limpo. Em uma cidade tão grande como aquela, cheia de prédios, carros e ônibus, eu me sentia um tanto sufocada. Minhas amigas chegavam a rir de mim quando eu contava que não gostava muito das aglomerações, mas elas jamais iriam entender a sensação de simplesmente poder abrir as cortinas e dar de cara com essa imensidão verde, que se fundia graciosamente com o azul do céu. Por mais que a Fazenda Baldez não fosse a minha casa de fato, eu já me sentia bem mais próxima do que, um dia, havia sido o meu lar.

Levei meu tempo para sair dali, antes de me arrumar e descer as escadas. Não encontrei Ramon à mesa de café da manhã e, silenciosamente, me senti um tanto desapontada, apesar de não saber o porquê. Ele era um homem ocupado, era lógico que não ficaria esperando a minha boa vontade de descer para tomar café comigo. Cissa me acompanhou com aquele seu bom-humor incrível e, logo depois de comer, disse que precisava sair com Rosana para resolver algo na cidade. Ela me chamou para ir junto, mas eu ainda não me sentia preparada para encarar os habitantes de Santo Elias, muito menos para lidar com a abordagem de todos eles, que com certeza perguntariam sobre o meu pai.

Depois que ela saiu, fui em direção a varanda na frente do casarão. Sentei-me em uma das poltronas macias e fiquei pensando no que poderia fazer para passar o tempo e perder a ansiedade que sentia para ir ao hospital. Estava com medo do que o médico nos diria sobre o meu pai.

— Gabriela?

A voz de Ramon fez com que meu coração desse um salto no peito e me virei para vê-lo. Ele estava na porta do casarão e girava a chave do carro na mão. Em sua cabeça, aquele chapéu de caubói marrom fazia sombra em seu rosto e deixava a sua expressão um pouco mais séria do que era.

À Sua Espera - DEGUSTAÇÃOWhere stories live. Discover now