✫ capítulo três ✫

Começar do início
                                    

"Namoradinha?" Perguntou Thelma com um riso, já entendendo do que se tratava.

"A Bianca, né." Gizelly respondeu rindo.

"Já estou me arrependendo de vir pra cá." Rafaella murmurou, suspirando e passando os dedos pelos olhos. Ela já estava cansada daquela conversa e também da viagem, precisava dormir.

"Okay, okay. Alguém tem notícias dos meninos?" O silêncio tomou conta do diálogo. "Não?" Manu perguntou novamente, preocupada.

"Eles devem chegar logo" Rafa assegurou, apertando o ombro da amiga de maneira reconfortante.

"É que a casa que eu aluguei é cara, não dá pro avião deles cair, não." A cantora passou as mãos entre os fios de seu cabelo, dando uma risadinha nervosa. Ela balançou a cabeça e voltou as outras questões "Tá, segundo: eu vou pegar a chave da casa, agora. Todo mundo vai chegar exausto lá."

"Ok, vamos lá." Rafa disse, acompanhando a amiga até a recepção e arrastando as inúmeras malas com um pouco de dificuldade.


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Manu girou a maçaneta adentrando o local, sendo seguida por Thelma, Rafa e Gizelly.

Era uma enorme casa, com cômodos bem decorados, assim como o salão da recepção. As paredes feitas de madeira, igualmente ao chão davam um ar arquitetônico rústico.

Manu estava alegre em ter conseguido completar seu plano de união. Ela planejava esquecer as águas passadas e manter serenidade no ambiente. A mais baixa caminhou por todo o ambiente da sala de estar, observando o tema praiano mas ao mesmo tempo sofisticado. A cantora havia escolhido a casa perfeita. Ela se jogou no sofá sorrindo abertamente.

"Eu estou no paraíso!" Gritou risonha, ganhando uma risada de Rafa, que acompanhou-a, sentando-se.

Entretanto, como uma quebra de expectativa para a cantora, Manu escutou o som de mensagens vindo de seu celular

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Ela largou o celular no meio da mesa de centro da sala, com a mão trêmula em raiva. Levantou-se do sofá e começou a andar pelo cômodo feito uma barata tonta, inconformada com a atitude dos homens.

"Um absurdo. Nossa, vai todo mundo pra puta que pariu." Manu falou, olhando para Rafaella que não havia entendido absolutamente nada. Ela então voltou para a mesinha pegando o celular e mostrando para a mais alta as mensagens.

"Ah..." A missionária disse simples, tentando não botar mais lenha na fogueira.

Gizelly e Thelma pegaram seus próprios celulares e entenderam a movimentação súbita de sua amiga, ao analisarem as mensagens. Elas foram andando até o sofá e sentaram nele, enquanto observavam a mais baixa andar de uma lado para o outro em passos pesados.

"A porra do Pyong desmarcou do nada, mas ele eu até entendendo né, tem o filho e coisa e tal..." Ela bufou. "Mas o Petrix com essa de desmarcar também, só que o dele foi só de sacanagem, certeza. Ele nem pra dar satisfação. Aquele desgraçado. Sério sem paciência." A mais baixa estava em fúria, o que era transmitido para sua inquietude sobre o piso da casa alugada. Rafa observava aquilo sem saber o que fazer ao certo. A cantora mantinha um olhar sério, focado em ponto nenhum, pensando sobre a falta de comprometimento de seus parceiros de reality. "E eu ainda mandei mensagem pedindo uma confirmação final... uma puta de uma sacanagem. Agora, a gente vai ter que redistribuir o preço da casa, e vai ficar mais caro pra todo mundo, e tem gente que tava com o dinheiro contado, né? Porra esses dois nem pra pensar direito nos outros hein... Aff."

Rafa finalmente arranjou a atenção de Manu ao adentrar o espaço pessoal da menina, pegando na mão da mais baixa, acariciando com cuidado a pele.

"Manu..." Falou com a voz tranquila, tentando passar uma calmaria para a mais baixa. Era quase impossível fazer a cantora sair do sério, mas definitivamente essa tinha sido uma das vezes em que ela havia perdido o controle. "Olha, se quiser eu ajudo a pagar o de quem não conseguir." Rafa disse com um sorriso compreensivo para a outra, que suavizou sua expressão e suspirou.

Gizelly levantou-se e afirmou: "Eu ganhei um milhão e meio por algum motivo, né. Eu posso ajudar, também..."

"Meninas, eu também posso fazer isso, mas eu só acho sacanagem, sabe? Tipo isso meio que fode com o combinado de todo mundo." Suspirou novamente, pegando sua mão livre e passando pela testa, fazendo uma leve massagem em suas têmporas.

"Olha, a parte boa é que: não teremos que lidar com o Petrix. E eu acabei me desencantando um pouco com o Pyong devido aos eventos no programa..."A mais alta disse, tentando alegrar a cantora.

Thelma aproximou-se do trio.

"Eu acho que esse lado bom da situação supera o lado ruim, hein." A anestesista arrancou sorrisos das amigas.

"Mas se acalma, tá? Vai dar tudo certo." Rafa garantiu, apertando a mão de Manoela.

E enfim o som da campainha tocou, quebrando todo o momento de tranquilização da casa. Um sentimento de agitação ganhou o coração da mais baixa, quem quer que fosse não era tão próxima dela mesma quanto esse trio de meninas que a rodeavam, o que a deixava meio assustada.

A campainha soou de novo.

"Deixa que eu atendo." Rafa soltou-se da amiga com pesar por soltá-la em um momento onde a mesma se encontrava tão frágil. Ela deu alguns passos indo em direção a porta da sala. Por fim, abrindo-a e dando de cara com a pessoa que menos desejava.

O olhar de Bianca pairou sobre a figura de Rafaella e a empresária parecia distraída antes de olhá-la. Ela primeiro estava sorrindo por alguns segundos antes de contrair seu rosto para uma expressão confusa e em seguida perplexa, como se ainda estivesse entendendo o que estava acontecendo. Os olhos se arregalaram e a testa franziu. Rafa poderia jurar que tinha visto a pele bronzeada ficar pálida.

"Mas que porra que você está fazendo aqui?"

THE TRIP | RABIAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora