Capítulo IV: A Promessa

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Kentucky, 1854.
Há 9 anos...

—Parabéns filho! Você passou no teste para entrar no exército, estou tão orgulhosa de você.— falou Mary Togerty, minha mãe.

—Obrigado mãe, não foi nada, é o mínimo que eu poderia fazer por todo o esforço que você e meu pai fizeram por mim ao longo dos anos. —

—Aposto que ele estaria muito orgulhoso também, Deus o tenha.— disse ela fazendo o sinal da cruz.

—Sim, tudo que eu tenho, devo a ele e o seu esforço, embora tenha sido errado, ele fez tudo por nós.— falei referindo-me ao meu pai, Patrick Togerty.

A história do meu pai foi bantante conturbada, mas também bastante heróica. Ele nasceu pobre e se tornou criminoso, de início foram pequenos roubos de carteira, mas um dos líderes de uma das maiores gangues aqui do estado chamou ele para fazer parte dela até ele mesmo se tornar o braço direito do líder.
Certo dia, ele se entregou, pois estavam oferecendo uma boa quantia de dinheiro pelo líder e com o tempo, ele viu que os ideais dele eram distorcidos.
No fim, ele foi executado pela gangue, pois ele pediu para levarem sua vida para poupar a nossa e, no fim, todos os seus bens vieram para nós.
Meu pai é nosso herói.

—A propósito, eu tenho um presente para você Jack, eu juntei um dinheirinho e consegui comprar ele para você.—

—O que é mãe?—

—Vá olhar, está na porta da casa.—

Saí do meu quarto e desci as escadas rapidamente para ver e quando abri a porta, a surpresa:

—Não acredito, um puro-sangue! --

—Sim, mas ele ainda é um potro, então trate de alimentá-lo bem para ele ficar bem forte quando crescer.—

—Sim, senhora! Pode deixar, esse garotão vai ser o mais rápido de todos que a senhora já viu.—

—Hahaha, e qual vai ser o nome dele?—

—Bem, que tal Barney?—

—É um ótimo nome, agora arrume ele lá atrás, pois vou preparar o almoço.—assim, eu estava bem sucedido, iria virar militar, tinha um cavalo muito bonito, arranjar uma namorada era só questão de tempo.
Sem nada para fazer, peguei um livro para ler até que me chamam para almoçar.

—Jack, venha almo-cof!-çar...— escutei minha mãe falando com a voz um pouco fraca.

—Estou indo mãe!—

Desci as escadas novamente e entrei na cosinha mas tinha algo muito errado:

—MÃE!— gritei, pois ela estava caída no chão com um pouco de sangue em sua boca.

—Chame... o d-doutor...— disse ela muito fraca.

Após isso, eu saí para fora de casa e corri por cinco quarteirões ensandecidamente até chegar na casa do Dr. Thompson, o médico da cidade. Ele pegou sua maleta e eu voltei com ele em seu cavalo. Entramos em casa, minha mãe estava sentada no sofá um pouco mais disposta segurando um lenço sujo de sangue.

—Ainda bem que ... cof!cof!cof! ... chegaram.— disse ela tossindo mais sangue.

—Eu acho melhor a senhora evitar falar por enquanto.— falou o doutor Thompson.

Ele abriu a maleta, retirou o estetoscópio e um daqueles palitos usados para olhar a garganta. Ele conferiu os batimentos cardíacos dela e sua respiração, depois ele olhou o estado de sua garganta.

—Certo, agora tente respirar fundo.— pediu ele.

Minha mãe inspirou, mas começou a tossir bastante na hora de expirar.

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⏰ Last updated: Jun 17, 2021 ⏰

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