Conflito

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       O olhar de todos sobre si, a deixava incomodada. Com uma pequena reverência, Viollet se dirige à ultima cadeira vaga da mesa, sendo cumprimentada pelos outros ali presentes. O cheiro do carpete verde incitava lembranças nada agradáveis para o momento. Por fim depois de um silêncio aterrador para a menina, seu pai começa com a reunião:

- Começando com as apresentações, esta garota é minha filha, Viollet Brooks. E estes são Endeavor, All Migth e Ereaserhead.- Ouvindo o nome dos convidados pela primeira vez, reparou que eles não soavam estranhos. Sim, já havia visto aqueles rostos em algum lugar. Na internet e nos noticiários, algumas vezes ouvia seus nomes. Eles eram heróis:

-Heróis?...- balbuciou a menina fracamente. O olhar de Shouta pára sobre ela, a causando calafrios:

- Exatamente mocinha! É um grande prazer conhecê-la, você é a cara da sua mãe...

-Vamos ser diretos aqui Toshinori. Não temos tempo hábil para jogar conversa fora. - interrompeu o homem à ponta da mesa. O sorriso do loiro perde um pouco de sua vistosidade depois deste corte em sua fala:

-O motivo para o qual os chamei aqui é para apresentar e pedir para que me indiquem pretendentes.

-Para o quê exatamente?- pergunta Endeavor. Entretanto, Viollet já havia conectado todas as pistas durante as breves frases ditas naquele recinto. Não... Ele não pode estar falando sério:

-Para o casamento de minha filha.- disse por fim. O olhar de Viollet se levantou em direção ao pai pela primeira vez na reunião. Incrédula, tentou dizer algo, abrindo e fechando a boca por muitas vezes, mas as palavras resolveram se alojar no seu estômago que aparentava estar travando uma batalha com a comida de seu almoço:

-Casamento? Ora Theodore, isso é muito cedo para essa menina. Dá para ver em seu rosto que não é isso o que ela quer.- tentou argumentar o homem de sorriso largo:

-Mas é o que será feito.- respondeu autoritário. Viollet já havia tido essa "conversa" com o pai. Abaixou a cabeça e olhou para a mesa de vidro, onde podia ver os rostos dos convidados ainda dando atenção à eu pai:

- Como bem sabem depois da pequena conversa que tivemos no carro, minha filha não possui individualidade.- Detestava quando o pai fazia isso. Todas e todas as vezes em que ele mencionava que ela não tinha individualidade, era para humilhá-la. Sempre e todas as vezes, o pai cuspia insultos e ofensas para a garota, a privando cegamente de saber sobre amor paternal. Crescera sendo uma jovem um pouco introspectiva, mas extremamente sensível. E como se já não fosse o suficiente para aguentar, ainda tinha de ouvir o pai se lamentar por ter tido uma menina ao invés de um garoto. Isso não era bom para o herdeiro de seu legado empresarial.

Como odiava as individualidades. Depois do incidente da primeira aparição de anormalidades nos seres humanos, isso agora é considerado normal. Porém como ela, nasceu como uma "raridade", ela sim é considerada fora do padrão, e não pessoas com super poderes estranhos:

- Minha família, por muitos anos, é conhecida por suas habilidades práticas e poderosas, tanto dentro de nossa empresa quanto em nossa família. Porém, logo minha filha, foi vítima deste infortúnio... E acabou nascendo sem uma individualidade. Por isso é de extrema importância que ela se case e tenha um filho. O casamento será realizado dentro de um ano- coração da morena gelou. "O que ele pensa que eu sou? Apenas uma ferramenta no seu jogo de poder?" . As feições de Viollet mudam de um rosto apreensivo para um que escondia a raiva perante os demais. Se controlava para não explodir:

-Theo, não fale assim com a menina. Uma mocinha como ela não tem culpa de ter nascido sem um poder. Ela com certeza pode ter outras...

-Ela não tem. Ela nasceu assim, sem individualidade e com uma saúde fraca ainda por cima. Se ela morrer eu terei de passar tudo o que tenho para... Outra pessoa- por um instante, Theodore pousou o canto do seu olhar para a menina que se sentava ao lado de Ereaser:

Amor de uma RosaTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon