Não posso acordar

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Meg não podia acreditar no que estava acontecendo com ela. Um garoto a chamou pra sair, e foi o garoto mais bonito da sala. Não podia perde-lo.
Quando o sinal tocou, Wilian veio andando em direção a Meg.

ㅡTe pego às sete e meia?

ㅡPode ser, Te passo o endereço por telefone.

ㅡTa bom -disse ele sorrindoㅡaté mais tarde.

A noite Meg colocou o melhor vestido que tinha:vermelho, curto, simples, mas elegante. Passou um batom vermelho, unica coisa que tinha, que um dia pertencera a sua mãe.
Colocando o melhor sorriso que tinha desceu às escadas depois que o seu pai adormeceu na poltrona em frente a tevê. E saiu com Willian na ruazinha da Magnólia.

ㅡVocê está deslumbrante.-disse Willian encantado.

ㅡObrigada, são seus olhos.-disse ela sorrindo.

Eles sairam noite adentro em direção ao shopping, no centro da cidade. Onde iriam ao cinema "assistir a um filme."

ㅡQual filme deseja assistir?-perguntou ele quando chegaram em frente aos cartazes de anúncio dos filmes.

ㅡNão importa. Qual você deseja?

ㅡNão sei...Que tal esse aqui?-disse Willian apontando um cartaz.ㅡCoraline?

ㅡParece ser otimo!-disse ela animada.

Willian comprou um balde de pipoca enquanto pegava os ingressos, e eles subiram para as cadeiras do fundo.

Tomara que tenha válido a pena estar ali. Que Willian leve minha dor embora, e que ela não volte, nunca mais.

O filme parecia legal, mas era difícil se concentrar com Willian ao seu lado.
Na metade do filme, o olhar deles se encontraram, rolando um clima.
Ele se aproximou devagarinho. Pude ouvir sua respiração, e as batidas do seu coração.
Ele inclinou levemente a cabeça, roçando seus lábios nos dela. Contornou com a língua sua boca, os olhos dela abertos, guardando na memória todas as sensações do rosto dele. A boca de ambos era um deleite de sensações, onde apenas um beijo seria pouco para saciar seus desejos secretos e Intensos.
O coração de Meg batia rápido, mas não ligava pra isso. O beijo quente de Willian a envolvia de calor e paz. Fazendo-a esquecer seu pai, mesmo que por um momento.
Pararam quando o balde de pipoca caiu, espalhando pipoca pra todo lado.

ㅡOps!-disse Willian

ㅡNão precisava me trazer ao cinema só pra me beijar-diz Meg risonha.

ㅡNão é só isso-diz Willian tirando uma caixinha minúscula do bolso. Ele abre e tira um bonito colar, com pedrinhas de brilhantes. ㅡSei que faz pouco tempo que a gente se conheceu. Mas, desde então não paro de pensar em você. Quer namorar comigo?-pergunta Willian esperançoso.

ㅡWillian!!-diz Meg surpresa.ㅡvocê deve ter gastado um dinheirão nesse colar.

ㅡQue nada. Comprei na lojinha de cinco reais.-diz ele arrancando uma risada de Meg.ㅡEntão, aceita namorar comigo?

ㅡSim, eu aceito.-responde Meg entusiasmada.

Finalmente a vida dela estava melhorando.

ㅡFicou perfeito em você.-diz Willian colocando o colar em Meg.

Eles se beijaram, conversaram um pouco sobre o filme, que mal assistiram e se beijaram de novo...e de novo.
Oque Meg mais queria era que o filme não terminasse. Mas, pelo o azar de Meg, o filme pareceu durar diz minutos.

Willian deixou Meg em casa e se despediram com um ultimo beijo.
Com ajuda da escada do seu pai, Meg pulou a janela do segundo andar, onde ficava o seu quarto.
Entrou dentro do quarto sem fazer barulho sentou na cama e pegou o seu diário.
Não queria entrar pela porta da frente pois seu pai poderia estar acordado.

ㅡAi, ai, Willian-suspirou ela.

ㅡOnde você estava?

A luz do quarto acendeu. seu pai estava na poltrona, ao lado da janela, com o cinto que usava na calça, na mão.

ㅡOnde você estava?-gritou ele quebrando o telefone da cômoda.

ㅡEsse não é você pai, por favor deixe me ajudar.

ㅡVocê tem que aprender a ser mais útil!

Ele rodou o cinto no ar, acertando o rosto de Meg. Bateu nas costas dela com fortes golpes do cinturão, enquanto ela berrava de dor.

Naquela noite, Meg ficou acordada escrevendo no seu diário. Já estava acostumada com aquilo. Pelo menos desta vez teve motivos.
Suas costas e seu rosto queimavam, iria ficar roxo no dia seguinte, tinha certeza.
Se alguém descobrisse que ela estava sendo maltratada, o pai dela seria preso e ela iria pra um orfanato, ou um reformatório.
Queria acordar, e ver que foi tudo um sonho. Mas não posso acordar, Não estou sonhando.
Pensou em Willian, enquanto suas lágrimas molhavam às folhas do seu diário.
















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⏰ Dernière mise à jour : Mar 29, 2020 ⏰

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O diário de uma garota atormentadaOù les histoires vivent. Découvrez maintenant